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26 November 2024

200 pontos para coleta seletiva serão implantados em Salvador

A coleta do lixo tem sido uma pauta cada vez mais discutida e frisada pelo poder público em Salvador

A coleta do lixo tem sido uma pauta cada vez mais discutida e frisada pelo poder público em Salvador. Com uma produção diária de 1,318 kg de resíduos sólidos, a capital tem intensificado o debate em relação ao destino destes resíduos, a fim de encontrar uma solução que tenha o menor impacto possível no meio ambiente. Desta forma que a Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Salvador realizou nesta quarta-feira, 29, uma audiência pública que tem como foco, discutir a questão dos resíduos sólidos.

Presidida pelo vereador Arnando Lessa (PT), a audiência ainda contou com o secretário de Cidade Sustentável de Salvador, André Fraga, e com o presidente da Limpurb, Tiago Correa. Um dos pontos mais frisados pelos oradores foi em relação à coleta propriamente dita, assim como esclarecer as dificuldades e metas do setor, visando o planejamento de uma cidade mais limpa e sustentável para os próximos anos.

Uma das novidades anunciadas por André Fraga foi a implantação de 200 pontos para coleta seletiva na capital baiana a partir do mês de agosto. Uma iniciativa que, virá acompanhada de outras iniciativas que facilitarão ao cidadão desfazer-se de resíduos que podem oferecer riscos quando descartados irregularmente, a exemplo de remédios com validade vencida e lâmpadas queimadas.

O gestor ainda ressaltou a importância do Plano Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Salvador que estabelece um conjunto de propostas que se foca no crescimento da cidade, através da valorização e da preservação do meio ambiente.

O plano se estrutura dentro de um Sistema Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, criando instrumentos de controle ambiental, tipos de licença, infrações e penalidades, instrumentos de financiamento e de participação social, além de um Fundo Municipal de Recursos do Meio Ambiente (FMMA).

Trabalhando conjuntamente com a secretaria, a Limpurb tem encontrado um cenário mais conturbado em relação à coleta seletiva. Segundo apontou o presidente, Tiago Correa, a atividade do órgão tem sido algo parecido com “enxugar gelo”, onde aproximadamente 60% dos locais de acúmulo de lixo onde a Limpurb atua, estão sujos novamente em menos de uma hora depois.

Correia também aponta para a necessidade de reeducação dos munícipes que fazem o descarte dos resíduos em horários e locais irregulares – fator que tem impactado diretamente em vias poluídas.

AUDIÊNCIA

Outra dificuldade tem sido trabalhar com um contrato anual de R$ 400 milhões, que, segundo coloca o gestor, é pouco, devido ao custo cada vez maior que a atividade da coleta requer. Felizmente, já existe em construção pelo poder executivo, um novo edital de concessão pública, que busquem abraçar as necessidades de Salvador adequadamente.

O presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Salvador, o vereador Arnando Lessa (PT) foi quem conduziu a audiência pública que discutiu a gestão de resíduos sólidos em Salvador. Para Lessa, o debate foi “extremamente positivo”. “Esta foi uma audiência vitoriosa, não só pela riqueza do debate, mas por termos conseguido reunir a Limpurb, a Secretaria de Cidade Sustentável, a Federação de Indústrias da Bahia, além de dezenas de cooperativas de reciclagem e lideranças de bairros que também sofrem com o problema do lixo urbano”.

De acordo com o vereador, novas audiências irão acontecer para encontrarmos as soluções pertinentes a um dos maiores problemas ambientais de Salvador, que é o destino do lixo. “Sabemos que o aterro sanitário da cidade está com sua capacidade quase esgotada. E então, vão deixar para resolver em cima da hora? Por isso tenho tido a iniciativa de discutir o assunto para que não se resolva a questão quando o problema estiver no seu ápice. A capital carece de melhor infraestrutura de coleta, precisa realizar campanhas educativas para que a sociedade tome consciência da importância da coleta seletiva”.

Por: Matheus Fortes / Tribuna da Bahia