Data de Hoje
29 November 2024
Foto: Almiro Lopes

O assassino confesso do bailarino Augusto Omolu, foi preso novamente por roubo

Segundo a polícia, Cléverson Santos Teixeira tentava roubar uma moto e o celular de uma vítima

Dois anos depois de confessar ter matado a facadas o coreógrafo e bailarino Augusto José da Purificação da Conceição, nome artístico Augusto Omolu, 50 anos, Cléverson Santos Teixeira, o Bobó, 22, foi preso novamente. Segundo a assessoria da Polícia Civil, ele passou cerca de um ano preso, mas recebeu o direito de responder ao processo em liberdade.

Desta vez, ele foi preso durante uma tentativa de assalto em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ainda segundo a assessoria, Cléverson foi surpreendido por uma guarnição da polícia militar, quando tentava roubar uma motocicleta e o celular de uma vítima.

Ele foi conduzido à 23ª Delegacia (Lauro de Freitas) e autuado em flagrante por tentativa de roubo. Cléverson ficará custodiado na carceragem da unidade, aguardando transferência para o sistema prisional. A assessoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que a liberdade foi concedida a Cléverson depois que a defesa dele entrou com um recurso.

O alvará de soltura foi expedido em julho de 2014. Em fevereiro deste ano, a Justiça decidiu que o caso seria julgado por um Juri Popular. Na decisão, o juiz informa que o acusado permanecerá respondendo ao processo em liberdade por não ter atrapalhado a investigação, nem tentado fugir.

“Concedo ao acusado Cléverson Santos Teixeira o direito de recorrer em liberdade, tendo em vista que desde o relaxamento de sua prisão vem comparecendo espontaneamente a todos os atos processuais e não há qualquer indício de que tenha tentado interferir a instrução criminal ou fugir para furtar-se da aplicação da lei”, diz a decisão judicial.

Assassinato

Em junho de 2013, o coreógrafo e bailarino Augusto Omolu foi encontrado morto do sítio onde morava. O caso gerou repercussão, sobretudo, porque o dançarino era reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade do trabalho que desenvolvia.

Cerca de dois meses depois a polícia prendeu Cléverson. Na época, ele contou que conheceu o bailarino em um bar e disse que recebeu R$ 100 de Omolu para fazer um programa, mas que os dois se desentenderam durante a relação.

O suspeito contou ainda que foi até a cozinha, pegou uma faca e golpeou o bailarino diversas vezes na região do pescoço. Omolu morreu no local. Após o crime, Cleverson pegou o celular da vítima e fugiu.

Ele vendeu o aparelho para comprar drogas e, através dos compradores, os investigadores chegaram até o suspeito. Aldair Iran, José Cláudio Andrade Lima, o Lubi, e Paulino dos Santos, informaram sobre a localização de Cléverson e ele foi preso em casa, no bairro de Portão.

A polícia informou na época que o suspeito responderia por homicídio doloso e furto. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio e 1 a 4 anos pelo furto do celular. A polícia informou também que Cléverson já havia sido preso em 2011, quando roubou um celular e R$ 200 de uma mulher na região de Itinga. Ele cumpriu seis meses de pena.