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22 November 2024

Maior assassino em série do Brasil é condenado a 108 anos de prisão por morte de 42 crianças

Maior assassino em série do Brasil é condenado a 108 anos de prisão por morte de 42 crianças

Francisco Britto já foi julgado 11 vezes, e penas totalizam 385 anos de prisão

 
A Justiça do Maranhão condenou o mecânico de bicicletas Francisco das Chagas Brito a 108 anos e seis meses de prisão pela morte de três crianças. O mecânico já é considerado o maior assassino em série da história do Brasil, pela morte de 42 crianças. Este foi o 11º julgamento em que Francisco Brito esteve sentado no banco dos réus. As penas até então proferidas, somadas, totalizam 385 anos e seis meses de prisão. Nesta quarta-feira (25), ele foi condenado pela morte de Raimundo Nonato da Conceição Filho, 11 anos; Eduardo Rocha da Silva, 10 anos; e Edivam Pinto Lobato, 12 anos. Os dois primeiros foram assassinados em um matagal na Vila Nova Jerusalém e o terceiro teve o corpo encontrado em uma construção na Vila São José, região conhecida como Maioba, em São Luiz, no Maranhão. O Tribunal do Júri acatou a tese do Ministério Público de que o mecânico cometia homicídio qualificado: motivo torpe, emprego de meio cruel e não possibilidade de defesa das vítimas. O réu ainda foi condenado por crime vilipêndio (desrespeito) a cadáver, com pena de seis anos e nove meses na soma dos casos. Segundo a acusação, Francisco atraía as crianças para áreas de matagal com falsa promessa de recompensas, e praticava os delitos, que aconteceram entre 1991 e 2002. O Ministério Público acusa o mecânico de ser autor da morte de 42 meninos, sendo 30 do Maranhão, e 12 no Pará. Todas as vítimas tinham até 15 anos de idade e eram de famílias pobres. Francisco Brito responde ainda a 25 processos que tramitam em diversas varas criminais do Maranhão. O mecânico está preso desde 2004 no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A última condenação aconteceu na 1ª Vara de São José de Ribamar, em 2012, quando foi considerado culpado pelo assassinato, por afogamento em um brejo, de uma criança, de nove anos, que teria sido convidada para apanhar buriti, uma planta nativa da região