‘ACM Neto quer se colocar como vítima’, diz líder da oposição na Câmara
O líder da oposição na Câmara de Vereadores de Salvador, Gilmar Santiago (PT), acusou o governo municipal e a bancada da Casa de politizar o debate sobre a mobilidade urbana. Em sessão plenária na tarde desta segunda-feira (14), os edis cobraram uns aos outros um posicionamento sobre a intervenção de poderes externos nas questões do município.
“As políticas públicas não podem ser feitas levando em consideração apenas um município. ACM Neto está tendo uma atitude de ditadura igual ao grupo dele quando governou o estado e a capital. O prefeito está se colocando como vítima neste caso”, critica o vereador petista.
Santiago foi de contra às cobranças dos governistas afirmando que o Legislativo não pode politizar o assunto. Sobre o vazamento do ofício do governador Jaques Wagner (PT) encaminhado o prefeito ACM Neto (DEM), o líder disse que a questão é maior. “O conteúdo é muito maior do que essa briga de quem vazou ou não. O que temos que ver é que a questão precisa ser debatida no âmbito dos municípios e é isso que o estado está querendo fazer”, pontua.
Ainda nesta segunda-feira (14), o vice-líder do governo, Léo Prates afirmou ao Bocão Newsque se possível irá convencer seus pares de entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a Entidade Metropolitana – agência reguladora da mobilidade urbana da Região Metropolitana de Salvador. “O governo [do estado] quer regular a água, o transporte, tudo. A pior ditadura é aquela democracia camuflada”, disse ao criticar a forma como o petista tem falado sobre a autonomia do poder municipal.