Cantora e atriz Selma Reis morre aos 55 anos
A atriz e cantora Selma Reis morreu às 5h deste sábado (19) no Hospital São José em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Ela tinha 55 anos.
A informação foi confirmada pela unidade de saúde, onde Selma estava internada desde o dia 5 para tratar de um câncer no cérebro. Não há informações sobre o velório e enterro da artista.
Selma ganhou relevância pelas canções românticas da MPB que interpretou nos anos 1980 com seu timbre grave e poderoso. Canções como “Se Bastasse uma Canção” e “O Que é o Amor?”, tema da minissérie “Riacho Doce”, se tornaram grandes sucessos na época.
Não apenas sua voz era conhecida na TV. Selma atuou em novelas e minisséries, como “Presença de Anitta”, “Páginas da Vida” e “Caminho das Índias”, sem o mesmo destaque que conquistou na música.
Trajetória
Nascida em São Gonçalo (RJ), Selma foi influenciada diretamente pelas rodas seresteiras que aconteciam em sua família. Quando jovem, estudou técnicas vocais na França nos anos 1980. Na volta ao Brasil, gravou seu primeiro disco, “Selma Reis”, em 1987, com composições de Sueli Costa, Capinam e Geraldo Azevedo.
Considerada por críticos como uma das grandes vozes do Brasil, Selma costumava dizer: “Sou uma voz. E há um coração que bate dentro desta voz”.
Em 1995 lançou o disco “Todo Sentimento”, que trazia regravações de “Como Nossos Pais” (Belchior), “Ne Me Quite Pas” (Jacques Brel) e “Por Toda a Minha Vida” (Tom Jobim/ Vinicius), entre outras. Em 1996, se dedicou às composições de Gonzaguinha no disco “Achados e Perdidos – Selma Reis Canta Gonzaga Jr.”
Participou de musicais como “Um Dia de Sol em Shangrilá”, ao lado de Lucinha Lins, e “Abre-alas”, sobre a vida e obra de Chiquinha Gonzaga, estrelado pela atriz Rosamaria Murtinho. Devido a sua atuação na peça, o diretor de TV Jayme Monjardim convidou-a para participar da gravação de um clipe da minissérie “Chiquinha Gonzaga”, da TV Globo.
Em 2003, venceu o extinto Prêmio Tim com o álbum “Vozes”, gravado ao vivo com o cantor Cauby Peixoto. “Sagrado”, de 2007, foi uma aposta pessoal da cantora e reuniu repertório de canções sacras.
Seu último trabalho, “Poeta da voz”, saiu em 2009
Por Uol