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26 November 2024
Foto: Reprodução

Venezuela alcança novo recorde: país mais violento do mundo

O país vai terminar 2015 com uma taxa de 90 mortes violentas para cada 100.000 habitantes, transformando-se na nação sem conflitos armados mais violenta do planeta

A Venezuela conseguiu mais um triste recorde: vai fechar 2015 com uma taxa de 90 mortes violentas para cada 100.000 habitantes, um número histórico que o torna no país sem conflito armado mais violento do mundo. Os dados são do Observatório Venezuelano de Violência (OVV). O relatório anual da ONG, divulgado nesta segunda-feira, mostrou que 27.875 pessoas morreram de maneira violenta este ano, uma taxa que supera consideravelmente a registrada em 2014, de 24.980.

Com esta taxa, a Venezuela poderia superar este ano El Salvador, que “registrou um aumento importante”, e Honduras, considerado durante anos o país sem conflitos armados mais violento do mundo, mas que “teve uma baixa” esse ano, afirmou o relatório do OVV. “Uma em cada cinco pessoas que morrem assassinadas na América é venezuelana”, ressaltou o documento.

A ONG garante que a taxa de mortes violentas na Venezuela está acima das registradas no Brasil, onde “varia a distribuição territorial da violência”, Colômbia, onde houve “reduções sustentadas por uma década”; e México, onde caiu o número de homicídios “após anos de aumento”. A OVV, que denuncia uma “ausência total de informação oficial”, incluiu no total “homicídios, casos de resistência à autoridade e investigações de mortes”.

A organização, composta por pesquisadores de sete universidades públicas e privadas, encontrou entre os fatores desencadeantes para a violência a “deterioração das forças de segurança”, o “empobrecimento da sociedade acompanhado de impunidade generalizada” e uma “maior presença do crime organizado”. Em julho passado, a procuradora-geral venezuelana, Luisa Ortega Diaz, admitiu na ONU que em 2014 a Venezuela teve uma taxa de 62 homicídios por 100.000 habitantes. A OVV esclarece que a estatística oficial usa a categoria apenas em casos “onde há a abertura de um expediente judicial por assassinato”.

Por Veja