Cultura: Equipe do Ipac documenta Zabiapunga para pleitear tombamento
Uma equipe multidisciplinar de especialistas do Instituto do Patrimônio e Cultural (Ipac), órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult), iniciaram nesta segunda-feira (11) a elaboração de um dossiê para pleitear o registro da manifestação “Zabiapunga” como Bem Cultural Intangível. A Zabiapunga ocorre no Baixo Sul baiano, nos municípios de Cairu, Nilo Peçanha, Taperoá e Valença. A preparação do dossiê é feita com o apoio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Ides). O ‘Zabiapunga’, afirma o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, é composto por um cortejo de mascarados com roupas coloridas de retalhos de panos e papeis de seda, que saem às ruas na madrugada do dia 1º de novembro, véspera do Dia de Finados. “Em geral, eles dançam e acordam a população ao som de instrumentos de percussão, como tambores, cuícas, búzios gigantes e até enxadas”, relatou o diretor. Em dezembro, a equipe se deslocou até os municípios da região e levantaram características e marcos históricos da manifestação, por meio de gravações de vídeos, produção de fotos e entrevistas com fontes locais. “Começamos o ano com muito entusiasmo com o apoio técnico do Ipac. A visita foi muito importante no processo de patrimonialização do ‘Zabiapunga’”, comemorou a diretora do Ides, Liliana Leite. Segundo ela, ao valorizar os patrimônios, são ativadas funções econômicas e sociais. “O Ipac é uma instituição de grande valor na preservação do patrimônio. Com esse trabalho, a cultura do município e as comunidades locais são fortalecidas”, diz Liliana Leite, diretora do Ides.