Com a presença do prefeito ACM Neto, de secretários municipais, quatro vereadores e do pré-candidato ao governo do estado, Geddel Vieira Lima, a inauguração da pavimentação da rua Lourival Costa, que liga Águas Claras à BR 324, transformou-se em um ato de forte teor político.
Em um palco improvisado na praça, o prefeito teve que ouvir alguns recados dos correligionários. Geddel Viera Lima, do PMDB, disse que esteve ao lado de Neto na eleição, na administração, e que com certeza estará em projetos futuros.
A rua inaugurada neste sábado, 29, tem 1,1 mil metros de extensão e é uma das principais vias de trânsito do bairro, mas até recentemente era uma estrada de barro.
A pavimentação estava prevista desde a gestão anterior. "Mas tivemos que refazer o projeto, que estava cheio de erros. Estamos entregando uma obra feita com recursos do município", afirmou o prefeito, que não explicitou quais seriam os erros.
A pedido da comunidade, foi construída também uma praça com equipamentos de lazer, batizada de Maria Lourdes, em homenagem a uma moradora do bairro falecida há dois meses.
Em uma disputa particular pelos votos de Cajazeiras, o vereador Pedrinho Pepê (PMDB) primeiro se queixou que havia pouca gente no evento: "Cadê o povo de Águas Claras?". Depois, afirmou que o vereador Leonardo Prates (DEM) recebe muita atenção de ACM Neto. "Ele está em todas as inaugurações e ainda é o líder do governo na Câmara", brincou.
Vereadores e secretários se revezaram ao microfone. A vice-prefeita Célia Sacramento, que chegou no finalzinho, foi a única no palco que não discursou. A presidente da Limpurb, Kátia Alves, manteve-se na claque e limitou sua participação a reclamar de quem pisava sobre a grama da praça, construída por cortesia da Jotagê Engenharia.
Observando
Sentada em frente à sua casa e observando a movimentação de carros e políticos, a cozinheira aposentada Maria Gonçalves da Silva, 84 anos, elogiou a obra. "Cheguei a Águas Claras em 1955. Nessa rua só passava boi, cavalo e gente. Não esperava ver asfalto aqui", disse.
Filha da falecida moradora que deu nome à praça Maria Lourdes, a diarista Creuza de Jesus Santana afirmou que o seu trajeto para Stella Maris, onde trabalha, ficou meia hora mais rápido por conta do asfalto. Mas fez críticas à obra. "Eles só esqueceram de colocar quebra-molas. As crianças vão atravessar para a praça, e os carros passam aqui em velocidade", disse Creuza.
O secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, reconheceu o erro na obra e prometeu quebra-molas para breve e, depois, radares eletrônicos.