Uma criança é baleada nas costas na Avenida San Martin
A menina Beatriz Cristina de Oliveira, 12 anos, foi baleada nas costas, na noite de quarta-feira (13), na Avenida San Martin. Ela estava com o pai, o pintor Denilson Carlos Santos Pinto, 44, quando dois homens numa moto efetuaram os disparos. Segundo testemunhas e parentes, a menina foi vítima de bala perdida.
Beatriz está internada no Hospital Ernesto Simões Filho, no Pau Miúdo. Segundo parentes, o estado de saúde dela é estável.
“Ela já passou por uma cirurgia e os médicos disseram que a bala não atingiu nenhum órgão. Como ela não consegue movimentar as pernas, os médicos querem transferi-la para outro hospital para realizar um exame minucioso na coluna dela”, disse a tia de Beatriz, Tânia Santos Oliveira.
Visitando a avó
Morador do bairro de Fazenda Coutos, Denilson levou a filha para ver a avó Filomena Santos Pinto, 86, que mora no Conjunto Vila Pimentel, na San Martin. Pai e filha passaram o dia inteiro com a idosa, que está debilitada, e por volta das 19h, seguiram para casa.
Eles desceram a escadaria de um beco, de mãos dadas, rumo ao ponto de ônibus e se separaram quando o pai parou para urinar, encostado em um muro de uma loja de gesso.
Beatriz estava de costas para a pista, a cerca de cinco metros do pai, quando dois homens chegaram em uma moto XR3 Honda preta, e o carona atirou cinco vezes em direção a uma loja que compra e vende sucatas.
“Os dois estavam na direção da loja. Foi quando meu tio viu Beatriz no chão e gritou com os caras: ‘É minha filha, rapaz’. E carregou ela nos braços”, contou o primo da menina, Ednei Santos Oliveira, 22.
O crime aconteceu a poucos metros de um ponto de mototáxi. Na hora, um mototaxista viu a ação. “Foi muito rápido. Eles chegaram sem dizer nada e um deles atirou”, disse Valnei dos Passos, 27.
Beatriz foi socorrida pelo pai e por populares ao Hospital Ernesto Simões. Segundo Ednei, cerca de dez minutos depois, uma guarnição da Polícia Militar, que passava no local, tentou alcançar os bandidos, mas ninguém foi preso.
Segundo informações da titular da Delegacia Especial de Crime Contra Criança e Adolescente, delegada Simone Malaquias, até o final da tarde de hoje, nenhum familiar da menina havia registrado queixa na delegacia. A polícia aguardará que algum familiar compareça na unidade policial para registrar a ocorrência. Caso não ocorra, os familiares serão intimados. “O prazo máximo é até a próxima quinta-feira”, disse a delegada. Ainda de acordo com ela, não há indícios de motivação e autoria do crime. O pai da menina não possui passagem pela polícia.