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25 November 2024

Vazamento de gás interdita terminal portuário no Guarujá; fumaça alcança Santos

Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado confirmam que houve vazamento de amônia e pode haver risco à vizinhança; quatro pessoas foram socorridas com intoxicação

Doze contêineres com produtos químicos pegaram fogo no terminal da Localfrio no Guarujá, nesta quinta-feira, informaram a autoridade portuária e a Localfrio. A empresa, que está localizada na margem esquerda do Porto de Santos, opera o terminal e exporta cargas gerais bem como produtos químicos usados em refrigeração. A autoridade portuária informou que fogo no terminal começou por volta das 15h e que medidas de emergência estão sendo tomadas. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado confirmaram que houve vazamento de gás e que pode haver risco às pessoas no entorno.

A Localfrio disse que os contêineres continham ácido clorídrico e dicloroisocianurato de sódio, e não amônia como alguns meios de comunicação relataram inicialmente. Ainda não há informações sobre os riscos potenciais à saúde das pessoas que venham a ser afetadas pelo vazamento do material. A prefeitura do Guarujá recomendou à população que fique em casa.

Moradores de Vicente de Carvalho relatam que o bairro está tomado pela fumaça. Trinta e nove pessoas procuraram os hospitais no município do Guarujá, na Baixada Santista, com irritação nos olhos e problemas respiratórios, por causa da fumaça tóxica que atinge a cidade devido ao vazamento de gás.

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) informou que as manobras de entrada e saída de navios para o terminal de contêineres atingido foram suspensas pela Capitania dos Portos de São Paulo. A companhia destacou que a medida é preventiva e que a atividade será retomada quando a situação se normalizar. Os demais terminais do Porto de Santos operam normalmente.

Ao site de VEJA, o Corpo de Bombeiros do Guarujá informou, por volta de 18h desta quinta, que a equipe está combatendo o fogo e que depois que as chamas baixarem é que será possível identificar a origem do incêndio. Um soldado dos Bombeiros afirmou que a fumaça é intensa e sequer é possível ler as informações nos contêineres para saber o que há em cada um.