Governador não cumpre compromisso com a Polícia Civil, categoria rumo a uma possível greve
Nossa equipe esteve na assembleia dos Policiais Civis realizada na Associação dos Funcionários Públicos da Bahia (AFPEB) na manhã desta quarta-feira (27), realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC). Após paralisação das atividades durante 72 horas, na semana passada, o Governo do Estado entrou com uma ação na justiça considerando o movimento ilegal. As negociações foram estagnadas, e hoje a categoria voltou a se reunir para discutir estratégias para uma possível greve. Durante a assembleia, houve burburinhos de que o Secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa, será exonerado do cargo após o carnaval.
Devido a determinação da justiça de aplicação de pena no valor de R$ 35 mil por dia de paralisação das atividades, o SINDPOC descartou qualquer possibilidade de greve, mas, de acordo com Bernardino Gayoso, secretário geral do sindicato, as reivindicações irão continuar, um novo movimento está em pauta, que é a avaliação das unidades policiais em toda a Bahia. Serão analisadas as condições de trabalho, o efetivo policial e as condições das delegacias: “A gente não faz um movimento, mas faz outro”, declarou Gayoso.
Bernardino Gayoso, Secretário Geral do SINDPOC- Foto: Mara Silvany/ Click Notícias
Erasmo Mendes, investigador da Polícia Civil e Diretor Executivo do Sindipoc estava na assembleia representando o Município de Casa Nova, (572 km) de Salvador e falou sobre as condições de trabalho no local: “O assédio moral é grande, a violência é a mais alta do interior da Bahia”. Segundo ele, a categoria anda desmotivada devido as dificuldades enfrentadas.
Representantes da Polícia Civil da Bahia/ Foto: Mara Silvany/ Click Notícias
Em entrevista, Marinalva Nunes, presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia, falou sobre a mesa de negociações salariais da categoria com o Estado.
Veja o vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=lEr5gyX88IM