PT define estratégias para eleições
O nome do PT para prefeitura de Salvador não sairá do encontro, conforme antecipado
Para definir as estratégias do partido nas eleições municipais deste ano, a Executiva estadual do PT reúne hoje (12) e amanhã (13) integrantes dos 35 maiores diretórios municipais no Hotel Mercure, no bairro do Rio Vermelho.
Em entrevista à Tribuna, o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, disse que no encontro será debatido com setores organizados da sociedade o Programa de Governo Participativo (PGP). “Teremos então um termo de compromisso e a partir daí vamos discutir os nomes que podem representar e disputar o pleito”, contou o petista.
O presidente ressaltou que na reunião pode-se definir boa parte dos candidatos do PT nas 35 maiores prefeituras do estado, em termos de eleitorado. O petista destacou ainda que nas eleições municipais de 2012, o partido venceu em sete e que a meta é ampliar este ano. “Temos chances reais de ganharmos em pelo menos dez dessas 35”, frisou.
Everaldo Anunciação afirmou também que Vitória da Conquista e Salvador são as cidades onde o impasse é maior. Segundo ele, em Feira de Santana já está definido que o deputado estadual Zé Neto (PT), atual líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), será o candidato petista à prefeitura de cidade.
Na capital baiana, o deputado federal Valmir Assunção, o vereador Gilmar Santiago, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, e o senador Walter Pinheiro são cotados para disputar o Palácio Thomé de Souza. “No caso de Pinheiro, ele não colocou o nome, mas há setores dentro do PT que são a favor da candidatura dele”, fez questão de ressaltar Everaldo.
O nome do PT para prefeitura de Salvador não sairá, porém, do encontro. Segundo o presidente, a definição deve ocorrer entre abril e maio. Questionado sobre a possibilidade do PT deixar de disputar a prefeitura de Salvador, o presidente estadual da legenda não descartou essa hipótese. “Podemos abrir mão se a estratégia for para consolidar a base. Agora há nos partidos da base um desejo de que, como podemos ter dois turnos, cada um possa apresentar seus candidatos e, no segundo turno, haja uma aliança para vencermos”, pontuou.
O PCdoB, que já lançou a deputada federal Alice Portugal para prefeitura da capital baiana, no entanto, já defendeu publicamente que o PT não tenha candidato e apoie a comunista. “Apoiamos o projeto desde a eleição de Lula para presidente. Nada mais justo do que a reciprocidade”, salientou Alice. Já o deputado estadual Sargento Isidório, pré-candidato pelo PROS, quer o aval do governador Rui Costa (PT) na sua campanha, mas nunca pediu que os petistas abdicassem da disputa pelo Palácio Thomé de Souza.
Justiça condena ex-prefeito de Itambé por improbidade
O ex-prefeito de Itambé, Moacir Santos Andrade, a empresa Viga Forte Construtora, e seu representante, Amilton Santos da Silva, acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) em Vitória da Conquista por ato de improbidade administrativa, foram condenados pela Justiça Federal, devido a aplicação ilícita de dinheiro repassado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Em 2009 e 2010, a prefeitura de Itambé recebeu a quantia de 350 mil reais do Governo Federal, por meio do FNDE, para fomentar o Programa Dinheiro Direto na Escola, o qual tinha por objeto prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estadual e municipal. Andrade simulou a contratação da empresa Viga Forte Construtora, que nunca prestou o serviço, desviando R$ 119.589,00 repassados pelo FNDE. Foram utilizados recursos e mão de obra próprios do município para reforma de três escolas públicas.
Os acusados foram condenados a ressarcir o valor de R$ 119.589,00 aos cofres públicos, acrescido de correção monetária e multa no mesmo valor; à suspensão dos direitos políticos por oito anos; à proibição de contratar com o poder público no prazo de dez anos; e à perda de função pública, apenas para o ex-prefeito, caso o mesmo ainda exerça alguma. A sentença foi proferidas com base na Lei nº 8.429/92, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública.