OMS diz que maioria das grávidas de países com zika terá crianças normais
A Organização Mundial da Saúde informou que a maioria das mulheres dos países afetados pelos vírus da zika vai dar à luz crianças normais. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, quando a OMS voltou a pedir às grávidas que se protejam durante o período de gestação, cobrindo o corpo, usando repelentes e camisinha.
No mesmo dia, a China confirmou o primeiro caso de vírus zika. O paciente havia voltado recentemente da Venezuela e está isolado num hospital.
Ainda na quarta, pesquisadores também anunciaram a descoberta de novas evidências que reforçam a associação entre o vírus zika e casos de má-formação cerebral, citando a presença do vírus no cérebro de um feto abortado de uma mulher europeia que ficou grávida enquanto morava no Brasil.
Um dia antes, a OMS havia pedido prudência sobre a suposta relação entre o vírus e a morte de três pessoas na Colômbia pela síndrome de Guillain-Barré.
“Vimos estas mortes pela síndrome de Guillain-Barré, foram três registrados. Mas queremos convidar à prudência”, disse o porta-voz da organização, Christian Lindmeier, em Genebra, sobre a possível relação da síndrome com a zika.
No sábado, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que não há nenhuma evidência de que a zika tenha provocado casos de microcefalia em seu país, embora tenha diagnosticado 3.177 mulheres grávidas com o vírus.
Segundo ele, aparentemente mais de 25.600 colombianos foram infestados, além de um grande aumento da síndrome de Guillain-Barré. O presidente afirmou ainda que uma equipe do EUA chegará a Colômbia para ajudar a investigar o vírus.
Na sexta-feira, a ONU pediu que os países atingidos pelo vírus zika permitam o acesso de mulheres à contracepção e ao aborto. O apelo é dirigido, principalmente aos países sul-americanos, muitos dos quais não permitem sequer o uso da pílula anticoncepcional.
Já as autoridades colombianas recomendaram aos casais em janeiro que adiem a gravidez entre seis e oito meses.