Sequestradores de cabeleireira ganham pena total de 98 anos
Nove dos 12 envolvidos no sequestro da cabeleireira e empresária Arlethe Silva Patez, no dia 22 de julho de 2015, foram condenados, juntos, a 98 anos de prisão. As sentenças foram decretadas no dia 3 de fevereiro pelo juiz Ricardo Schimith, titular da 12ª Vara Criminal.
Entre os condenados já presos, a maior pena individual é de 13 anos e seis meses e foi dada a Andresson Lopes Oliveira, o Gordo, que, na estrutura da quadrilha, foi o responsável pelo levantamento da rotina da vítima. Marido de uma funcionária do salão de beleza de Arlethe, Gordo é quem indicou a mulher para os comparsas e municiou a quadrilha com informações até o dia do sequestro, no bairro do Costa Azul.
Já a menor pena foi a de Filipe Assis Lima, de quatro anos e oito meses. Ele ajudou o soldado PM Solemar Alves Campos, lotado na 41ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), a roubar o veículo Gol utilizado no dia do sequestro. Ele também a levou até o cativeiro, na cidade de Wenceslau Guimarães.
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O policial militar foi condenado a 13 anos. O seu papel era intervir, se utilizando do fato de ser policial, caso o carro fosse parado em alguma blitz.
Os sequestradores Romildo de Jesus Oliveira, o Binho, e Edicléia Silva Santos também foram condenados a 13 anos de prisão. Outros integrantes da quadrilha, Manoel Candido da Paz, o Pastor, José Evandro de Oliveira Santos, o Vando, Inael Moura de Jesus, o Beibe, e João Santos Souza ganharam, respectivamente, as condenações de oito, 10, 11 e 12 anos de prisão.
Procurados
Segundo o delegado Cleandro Pimenta, que lidera o grupo antisequestro do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), entre os foragidos, o principal alvo é o traficante Manoel Rafael Bispo de Jesus, o Jorge Bocão, que atua em Valença, e é apontado como um dos líderes da quadrilha e mentor do sequestro. Ele já foi condenado a 15 anos de prisão por este crime. O delegado acrescenta que o casal Edson Teixeira dos Santos Júnior e Vanusa Resende Brito também são procurados. Os três têm mandado de prisão preventiva em aberto.
O delegado enalteceu o trabalho integrado da Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário que resultou em um julgamento célere e eficaz, condenando os criminosos, em um prazo de apenas seis meses. O delegado destacou ainda o trabalho da promotora Guacira Vasconcelos, que pediu a condenação dos réus.