Data de Hoje
28 November 2024
Presidente da República, Dilma Rousseff (Foto: Evaristo Sá / AFP)

Dilma diz que vírus da zika não vai atrapalhar as Olimpíadas do Rio

A presidente Dilma Rousseff deu nesta sexta (19) uma aula para alunos do Colégio da Polícia Militar Alfredo Vianna, em Juazeiro (BA), como parte da Campanha Zika Zero nas Escolas. Durante o evento, ela foi questionada por um dos estudantes sobre se os casos de zika poderiam prejudicar as Olimpíadas 2016, que serão realizadas no Rio de Janeiro. A presidente disse que não, já que o período de maior incidência de proliferação do mosquito Aedes aegypti é de janeiro a junho, “no máximo julho”, e os jogos ocorrem de 5 a 21 de agosto. “A Olimpíada é em agosto, e nesse momento haverá uma queda vertiginosa (dos casos de contaminação) por conta da temperatura no País”, afirmou.

A presidente disse que o governo tomará com os visitantes estrangeiros as mesmas precauções dadas aos brasileiros, mas que a cidade do Rio de Janeiro e outros locais de competição estão recebendo uma atenção especial. Ela lembrou que, no último dia 13, dos 220 mil homens das Forças Armadas que participaram da campanha contra o mosquito, 70 mil estavam no Rio. “Vamos ter no Rio todo o cuidado para que nossos visitantes, principalmente se houver mulheres grávidas, tenham consciência de que é fundamental usar repelente e mangas compridas”, acrescentou.

Durante a aula, que durou quase uma hora, Dilma falou sobre a origem do vírus da zika, sua chegada ao Brasil em 2015 e o aviso do governo de Pernambuco, em outubro do ano passado, sobre a possível relação com o aumento nos casos de microcefalia. “Começou na região costeira do Nordeste, mas está descendo rapidamente para o restante do País. Tinha poucos casos no Rio Grande do Sul, mas agora já são 30 casos”, contou.

Ela lembrou que pesquisas mostram que dois terços dos criadouros do mosquito estão dentro das casas, e pediu para que todos gastem 15 minutos, uma vez na semana, para verificar suas residências e eliminar esses possíveis focos de proliferação. “O mosquito não pode ser mais forte que um país inteiro”, afirmou.

Mais cedo, ela visitou a fábrica Moscamed Brasil, que trabalha com o desenvolvimento de mosquitos transgênicos e esterilizados, usados para reduzir a reprodução do Aedes aegypti.

Por Álvaro Campos / Estadão Conteúdo