Lula não levou objetos do Planalto que não fossem de direito diz Instituto
Após uma publicação da Revista Época, afirmando que cerca de 130 objetos foram encontrados pela Polícia Federal, em um cofre do ex-presidente Lula, e entre as peças estava um crucifixo talhado em madeira, uma obra barroca do século XVI, que ficou famosa por ter desaparecido do Planalto quando Lula deixou o governo, em janeiro de 2011, o Instituto Lula afirmou que o ex-presidente “não levou nenhum objeto do Planalto que não fosse de direito, conforme a lei 8394/91”.
Em nota divulgada para a imprensa, o Instituto ainda falou que não há mistério nem novidade nesse assunto. “Apenas uma devassa promovida por alguns procuradores mal informados sobre a legislação brasileira que trata da guarda e preservação dos acervos presidenciais, somado a sensacionalismo promovido por parte da imprensa. A Lei 8.394/91 determina que este acervo seja preservado pelos ex-presidentes – todos eles – mas não indica os meios e recursos para que isto seja feito. Quando Lula deixou o governo, a Presidência da República catalogou todos os objetos de seu acervo e providenciou a mudança para São Paulo”.
Segundo a reportagem, a PF encontrou o cofre, que pertence a família do ex-presidente, em novas diligências secretas realizadas ao longo dessa semana. Desta vez, os alvos foram presentes e joias raras recebidos por Lula durante encontros oficiais com chefes de estado. Os bens estão guardados, sem custo algum, em 23 caixas lacradas numa agência do Banco do Brasil, localizada no centro de São Paulo, desde 21 de janeiro de 2011. De acordo com a PF, no material, consta a informação de que os bens estão sob a guarda da mulher de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, e de seu filho Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha.
Entre os objetos encontrados, classificados como joias e obras de arte, estão medalhas, moedas, comendas, adagas, entre outras peças que Lula ganhou de chefes de estado durante as missões diplomáticas que cumpriu em diversos países, do Chile à Ucrânia. A PF precisou de dois dias para analisar todo o acervo.
O Instituto Lula defende que objetos foram confiados ao Banco do Brasil por razões de segurança e fazem parte do acervo do ex-presidente e ainda lembrou que a própria revista havia noticiado todos os presentes recebidos por Lula, ao longo dos seus dois mandatos.