Wagner afirma que gravação da presidente é “arbitrariedade”
O ministro Jaques Wagner, agora no cargo de chefe do gabinete pessoal da Presidência da República, classificou como uma “arbitrariedade” a decisão do juiz Sérgio Moro em “vazar” a conversa “grampeada” dos telefones do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma Rousseff e do seu próprio aparelho.
“Sempre apoiei as investigações, mas vazamento de conversa com a presidenta da República extrapolou os limites e a segurança dela “, disse o ministro por meio de nota divulgada, no início da noite desta quarta-feira, 16, por sua assessoria.
O ex-governador da Bahia, que passou a quarta-feira com a família em Salvador, por ocasião do seu aniversário, informou que “vai apurar” como o telefone da presidente Dilma “conseguiu” ser grampeado.
“Achei uma arbitrariedade. Não se pode violar e interceptar o telefone da presidenta da República”, reagiu o ministro.
Na gravação divulgada da conversa que o ex-presidente teve com Wagner, Lula pede ao ministro para que a presidente Dilma interceda em favor dele junto à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Wagner explica na nota, Lula apenas lhe teria solicitado que transmitisse essa mensagem à presidente Dilma Rousseff. Ele afirma, porém, que não teve oportunidade de fazer a solicitação à presidente, porque já tinha terminado seu encontro com ela.