“Pode fazer tudo que outra criança faz”, diz mãe de menino com má-formação congênita
Problema afeta os pés e mãos do menino de apenas 9 anos
Samuel Santos, de 9 anos, nasceu com um problema congênito, que afeta os pés e as mãos. Morador do município de Valença, no interior da Bahia, o menino não deixa o problema atrapalhar a sua vida e, como qualquer outra criança de sua idade, ele corre, joga bola e estuda.
A mãe do menino, Valmaria, conta que descobriu o problema do filho apenas na hora do nascimento. Durante o pré-natal, nenhum problema foi apontado pelos médicos. A mulher engravidou aos 15 anos e, ao contar sobre a gravidez para o namorado, foi abandonada. Quando Samuel nasceu, o pai do menino mandou um recado dizendo que ia visitá-lo, mas ao descobrir o problema do filho, não apareceu.
Apesar das dificuldades, pois a família vive apenas com o dinheiro do benefício de Samuel, o menino é feliz. Samuel conta que ninguém nunca olhou de forma diferente para ele por causa do problema e não sente o preconceito. A mãe conta que o menino só começou a andar aos 3 anos.
— Eu sempre botei na mente dele que ele é uma criança como outra qualquer e é assim que ele se sente na escola.
Além da deficiência, uma perna de Samuel é maior que a outra e ele sente dores na coluna. Um paliativo é a bota ortopédica, mas a mãe reclama que demora muito para chegar. A bota velha já está muito gasta e o menino não consegue mais usar e a nova ainda não chegou.
A mãe conta que sempre o criou afirmando que ele não era diferente das outras crianças e que podia fazer tudo. Ela lembra que uma vez o menino disse que não era capaz de abotoar uma camisa, ela o arrumou mais cedo e disse que ele sairia de casa após ele conseguir vestir a roupa e, assim, Samuel aprendeu a abotoar a camisa.
— Ele não é diferente, ele pode fazer tudo que outra criança faz