Dilma afirma que só fará reforma ministerial após votação do impeachment
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (05), que a reforma ministerial só será anunciada depois de votado o processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados. “Nós não iremos mexer em nada” disse Dilma, negando que o Ministério da Educação entre num futuro dos ministérios. A presidente visitou a Base Aérea de Brasília para conhecer a aeronave KC-390 da Embraer.
Perguntada sobre a proposta do senador Valdir Rupp (PMDB-RO) de fazer eleições em outubro, a presidente ironizou, dizendo que os parlamentares têm de abrir mão de seus cargos antes. Dilma afirmou também que a proposta do peemedebista não passa de uma “proposta”.
A presidente voltou a dizer que é golpe tentar o impeachment usando os argumentos dos decretos presidenciais que liberaram recursos orçamentários sem autorização do Congresso, e das pedaladas fiscais – o represamento de recursos a bancos públicos responsáveis por fazer pagamentos de benefícios e programas sociais.
PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS
Dilma negou que o governo vá pressionar pela redução do preço da gasolina, o que geraria uma notícia de apelo popular em meio ao processo de impedimento. Mas destacou que há uma diferença entre o preço praticado no Brasil e no exterior.
O governo não tem nada a ver com subir ou baixar o preço da gasolina. O que eu acho interessante é o seguinte: toda vez que é para subir, o governo não deixa. Toda vez que é para descer, o governo não quer. Então fica difícil. O problema é que, por qualquer avaliação, há desde o ano passado uma discrepância entre o preço praticado no Brasil e o preço praticado lá fora. Então, se a Petrobras achar por bem fazê-lo, é o caso dela fazer. Se ela achar por bem não fazer, é o caso de não fazer. Agora, que a discrepância existe, ela existe — afirmou Dilma.
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