Imunoterapia se torna a nova arma para estimular o corpo a lutar contra o câncer
Muitas formas de tratamento para combater o câncer já são utilizadas, como a quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e cirurgia. Além disso, também é possível agir por conta própria com exercícios e alimentação. “Existem vários trabalhos que mostram que o exercício libera hormônios que protegem contra o câncer de mama e próstata e reduzem a taxa de mortalidade” afirma o Dr. Maluf. É constatado que pacientes com dieta rica em açúcar e gordura, têm duas vezes mais chances de apresentar reincidência da doença.
De acordo com os especialistas, a imunoterapia é a estratégia de tratamento mais promissora que concerne a remissão de potencial da doença. Ainda em experimento, a imunoterapia trabalha na estimulação do sistema imunológico, com a aplicação de substâncias que interferem na reação biológica do sistema de defesa, de uma forma menos prejudicial ao corpo. Existem dois tipos: ativa e passiva. Na ativa, a função principal é restringir o crescimento do tumor, já na passiva, o objetivo é combater as células tumorais.
Pesquisas clínicas
O Brasil está muito atrás na corrida das pesquisas clínicas. Ele representa apenas 1,7% das pesquisas desenvolvidas no mundo. Além disso, o país também é um dos que mais levam tempo para a aprovação de novos produtos, com uma espera de 10 a 14 meses.
Esse é o único país que precisa de uma aprovação tripla para a liberação de um novo medicamento. A primeira fase passa por um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), depois pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e por último, é enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
De acordo com Dr. Buzaid, os procedimentos aplicados no Brasil levam a impactos negativos tanto para médicos, quanto para pacientes, entre eles, a perdas de estudo, distanciamento das inovações, redução na produção científica e falta de acesso dos pacientes a tratamentos inovadores.