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29 September 2024
Dunga orienta treino da seleção em Orlando, cidade onde será realizado o jogo contra o Haiti (Foto: AFP)

Brasil joga hoje contra o Haiti após decepção na estreia do Copa América

Se a Seleção Brasileira tem cada vez mais dificuldade de manter o respeito e a admiração do torcedor – um fardo criado por ela própria -, ainda goza um pouco do seu prestígio perante as equipes de menor força nas Américas. O imaginário criado pelos dribles de Pelé, Garrincha e cia. ainda é venerado.

Assim, enquanto o Brasil de Dunga prega a cautela contra o Haiti, hoje, às 20h30, no Citrus Bowl, em Orlando, pela segunda rodada do Grupo B da Copa América Centenário, os haitianos valorizam a chance de enfrentar a seleção.

“É uma bênção, todos os jogadores estão vivendo esse momento, é um sonho virando realidade. Lembro de vermos pela TV, nunca pensamos chegar a um estágio desse”, afirmou o meia Jean Marc Alexandre, em referência ao Jogo pela Paz, que ele viu em 2004, quando a seleção foi a Porto Príncipe em meio ao caos da guerra civil para enfrentar os haitianos. “Emociona, mas quando o apito soa, todas essas emoções vão embora. É uma bênção, não é todo mundo que tem a oportunidade”, completou.

Na mesma linha, o técnico francês Patrice Neveu nem pensa em vencer o time canarinho. Apenas quer fazer um bom papel, equilibrar o jogo e não tomar um 6×0, placar daquele amistoso de 2004, nem um 5×1, resultado do encontro da seleção sub-23 brasileira com o Haiti no ano passado.

“Ganhar seria um pouco pretensioso, mas acho que temos uma boa chance de fazer um bom jogo. Brasil é sempre Brasil. Hoje em dia o futebol é diferente, eu vi Pelé, mas o Brasil continua sendo um time de respeito”, diz Neveu, que acredita que o segredo é saber a força de seu adversário.

Por Ivan Dias Marques / Correio