Representantes de oposição são impedidos de entrar na Câmara em votação do PDDU e PME
Representantes de movimentos sociais se reuniram em frente à Câmara Municipal na tarde desta segunda-feira (13), em movimento conjunto contra a votação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e do Plano Municipal de Educação. Entre os protestantes, estavam representantes do Movimento dos Sem Teto (MTST), professores da rede municipal, além de estudantes.
Segundo Raquel Alves, coordenadora pedagógica, o PDDU não pode ser aprovado, pois não houve um debate amplo com a população. “Um plano diretor que vende a nossa cidade não pode ser aceito. Além disso, estamos aqui porque a Câmara está com a votação do Plano Municipal de Educação em caráter de urgência e foi apresentado sem as pautas essenciais”, explicou.
Raquel também criticou o fato dos protestantes serem impedidos de entrar na Câmara. Foi colocada uma grade no portão principal, com escolta da Polícia Militar, revoltando ainda mais os socialistas. “Criou-se um sistema de filas que nunca existiu na Casa. Nós temos informações que têm pessoas lá dentro que foram pagas por vereadores”, denunciou.
Em defesa do PDDU, o vereador e presidente da Câmara dos Vereadores, Paulo Câmara (PSDB) disse estar de consciência tranqüila e sensação de dever cumprido e quanto à votação do mesmo e justificou a proibição de acesso dos manifestantes. “Não é que eu não queira a presença deles. Eu só posso permitir a presença de 70 pessoas no plenário, os 70 primeiros que entram, ficam. O problema é que houve uma mobilização maior por parte das pessoas ligadas ao governo que ocupou a galeria. As pessoas ligadas a oposição chegaram depois. Eu não posso colocar mais pessoas pois estaria cometendo uma irresponsabilidade”, finalizou.
Felipe Freaza/ Click Notícias