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28 November 2024
Foto: Luciano da Mata/ Agência A Tarde

Demissão de vigilantes gera protestos da categoria no CAB

A ameaça de demissão de mais de 1.700 vigilantes lotados para fazer a segurança nas escolas estaduais engrossou o protesto da categoria que busca a manutenção dos empregos. Os vigilantes fizeram uma manifestação na manhã de hoje (30) em frente a Secretaria de Educação (SEC), no Centro Administrativo da Bahia (CAB) com a mobilização dos profissionais da categoria e de suas e famílias dos profissionais que estão com o risco de perder os empregos.

Os vigilantes chegaram ainda a interditar um trecho da Avenida Paralela, sentido Centro Administrativo da Bahia (CAB) onde realizaram o protesto.

Conforme o comunicado público divulgada pela direção da empresa MAP, a intenção do governo do estado é demitir todos os vigilantes das escolas estaduais em cidades com menos de 100 mil habitantes, além de todos da sede da SEC em Salvador e de postos como o IAT já a partir de 1º de julho. Ainda de acordo com o comunicado, o governo do estado prevê a segurança apenas para municípios com mais de 100 mil habitantes, o que corresponde a apenas 18 localidades de 417. Já em Salvador, especificamente, os vigilantes serão substituídos por câmeras de segurança na tentativa de inibir a presença de criminosos e atos ilícitos dentro das escolas.

Em entrevista a uma rádio local, o diretor de Comunicação do Sindicato dos Vigilantes, Paulo Brito, confirmou a notícia e disse que o governo tomou esta decisão de demitir mais de 3.300  profissionais ao alegar redução de gastos. “A principal alegação do governo estadual é a questão dos ajustes nas contas do estado, só que o governo está indo na contra mão quando opta por demitir trabalhadores, por gerar desemprego. Outra coisa que nos preocupa muito é a segurança dos alunos nas escolas”, explicou.

Ainda conforme Brito, as demissões podem ocorrer após o governo do estado cancelar o contrato fechado com a empresa Vital Segurança, ato publicado no Diário Oficial de ontem (29), mas um canal de diálogo foi aberto entre o sindicato da categoria com a Secretaria da Educação para tentar manter o emprego dos vigilantes que atuam na segurança das escolas públicas estaduais.

“O sindicato tem em mãos só documentos da empresa de segurança e a partir do dia 1º de maio serão 870 vigilantes no aviso com previsão de demissão no dia 30 de maio, e 870 no dia 1º de junho com demissão prevista para dia 30 de junho. O governo disse que tem gasto de R$ 14 milhões por mês e que essas demissões geraria uma economia de R$ 150 milhões por ano. O governo só preocupa com números, redução de despesas, mas não teve preocupação com o desemprego e a falta de segurança nas escolas”, pontuou.

Ele disse ainda que essas demissões ocorrerão possivelmente em todos os municípios da Bahia. Já se há relatos de trabalhadores com mais de cinco anos atuando na área que já estão com avisos prévios assinados para a demissão. “Os vigilantes dormiram empregados e podem acordar desempregados. É necessário que seja dada uma explicação para essa situação”, expôs Brito.

Rafael Sanatna/ Click Notícias