Artesanato humaniza relação com acompanhantes no Hospital Alayde Costa
Tecidos, biscuit, fitas e habilidade manual. Esses ingredientes, comuns em ateliês, também compõem atividades em um lugar bastante diferente: o Hospital Alayde Costa, no subúrbio de Salvador. A unidade, administrada pela Pró-Saúde, recebe pacientes crônicos, que costumam passar longos períodos internados. E para atender os familiares, que desempenham o papel de acompanhantes por muitas horas na unidade, o artesanato foi escolhido como aliado no processo de humanização.
A iniciativa partiu da enfermeira Gracita Cunha, que tem o artesanato como hobby e propôs trazer para o hospital um pouco do que a atividade proporciona, em forma de projeto voltado para os acompanhantes dos pacientes. “Eu me sinto muito bem fazendo artesanato, é uma terapia”, conta ela, que ministra as aulas. “Isso pode trazer um ambiente diferente para eles”.
Realizada nesta quinta-feira, 30 de junho, a segunda aula da oficina ensinou os acompanhantes a fazer sachês de tecido. Para enfeitar o produto, eles repetiram o que aprenderam na primeira aula do projeto: flores de biscuit. Em sala cheia, reunindo 21 acompanhantes homens e mulheres, a iniciativa foi elogiada. “A ideia é muito boa, estou amando”, conta Maria Amélia Melgaço, que acompanha o marido internado há um mês no HAC.
Além de proporcionar um momento de descontração na rotina pesada de quem acompanha um paciente, a atividade visa à humanização da relação com o acompanhante. Na próxima aula, os acompanhantes terão a oportunidade de aprender a fazer chaveiros de tecido.