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29 September 2024
Escola Picolino de Artes do Circo (Foto: Marina Silva)

Circo Picolino pode sair de Pituaçu; fundadores mostram resistência

A Escola Picolino de Artes do Circo corre risco de sair da avenida Octavio Mangabeira, em Pituaçu. Com 30 anos de tradição na Bahia, o espaço tem passado por várias lutas para se manter. Atualmente, o circo tem 80 alunos, apesar dos poucos apoios recebidos.

O responsável pela manutenção da estrutura no local, o gaúcho Clóvis Santos, 55 anos, que trabalha há 10 anos, fala sobre o atual estado das estruturas. “Aqui, funciona o cirquinho e o circão, mas o circão está interditado até setembro, porque estamos providenciando colocar a lona”, disse.

De acordo com as informações de Clóvis, para conseguir recursos, instrutores dão aulas particulares de tecido acrobático, às terças e quintas-feiras à noite no cirquinho. Além disto, durante a tarde, jovens de Águas Claras, Cajazeiras e bairros do entorno fazem cursos de malabares, trapézio e outros.

“Fazemos um trabalho voluntário, aqui tem aula todos os dias e não temos apoio do estado desde 2007”, explicou. O Circo Picolino sobrevive atualmente com o apoio da ONG Conexão Vida e da Prefeitura Municipal de Salvador.

Anselmo Serrat, diretor-fundador do Circo Picolino (Foto: Marina Silva)

Anselmo Serrat, diretor-fundador do Circo Picolino (Foto: Marina Silva)

O fundador Anselmo Serrat, 68 anos, revela que a Funarte, por meio do Ministério da Cultura, apoiava o circo, mas o convênio encerrou.

Sobre a possibilidade de serem retirados do local de funcionamento na orla, Anselmo deixa claro que a própria Constituição garante o direito de posse do terreno em Pituaçu, pois a ONG desenvolve um trabalho social que beneficia a população soteropolitana.

“Já escutamos várias histórias. Uns dizem que vamos para o Parque da Cidade, mas ainda não há confirmação. Quero deixar claro que a luta da nossa instituição não é por terra, mas educação”, destacou.

Por Click Notícias