Pesquisa aponta que alunos gays sofrem mais agressão do que héteros
A pesquisa foi feita pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, revelou que a probabilidade de adolescentes sofrerem estupro ou agressão durante um encontro romântico é mais alta se a vítima for gay, lésbica e bissexual, em comparação com os demais estudantes do ensino médio.
O primeiro estudo foi feito de forma anônima com mais 15 mil jovens numa escola nacional. A partir da resposta dos adolescentes, o estudo mostra, por exemplo, que cerca de um terço dos estudantes LGBT sofreram bullying no colégio, contra cerca de 20% dos estudantes héteros. A taxa de tentativas de suicídio nos 12 meses anteriores à pesquisa foi de cerca de 25% entre os homossexuais, quatro vezes mais alta que entre os heterossexuais.
Outro dado de alerta é a taxa de adolescentes que relataram ter sofrido um estupro em algum momento da vida também foi quatro vezes mais alta entre gays, lésbicas e bissexuais do que entre adolescentes heterossexuais. Os resultados são semelhantes a levantamentos de menor abrangência e dados levantados por grupos de lobby, mas essa é a primeira pesquisa feita pelo governo para abordar essas questões em todo o país.
A divulgação do estudo reafirma o discurso de grupos e ONG especializados no tema de que a frequência de bullying e ostracismo é maior entre adolescentes gays e lésbicas, e que eles sofrem maior risco de enfrentar muitos outros problemas. Mas, antes, as pesquisas governamentais eram limitadas a poucas cidades e estados.