Célia nega que saída do PV tenha inviabilizado chapa com Neto: ‘Legenda de aluguel’
A candidata a prefeita de Salvador – e atual vice-prefeita -, Célia Sacramento, afirmou que sua saída do PV para o PPL não prejudicou a reedição da chapa com o candidato à reeleição ACM Neto (DEM). De acordo com ela, a antiga sigla se tornou uma “legenda de aluguel”, o que a levou a se desligar do partido. Em entrevista ao Bahia Notícias, o democrata, atualmente adversário de Célia, declarou que a mudança de sigla tinha inviabilizado a permanência da vice-prefeita na chapa, algo rebatido por ela. “O PV sempre esteve no grupo dos partidos considerados nanicos. Ele tinha a causa ambientalista, que foi perdida quando os ambientalistas saíram do partido. Quem está lá hoje não tem nada de ambientalista”, criticou em entrevista ao BN. Ainda segundo a candidata, o tom de sua campanha será de “críticas” à gestão do candidato à reeleição ACM Neto (DEM). Respondendo ao democrata, que afirmou esperar dela “coerência” na disputa (relembre), Célia disse que falará a “verdade” durante a campanha. “Eu sempre fiz essas críticas. A cidade estava um caos quando assumimos e nós trabalhamos muito. Mas eu faria outra escolha, deixaria as pessoas mais felizes. Do que adiantou gastar todo aquele dinheiro na Barra se as pessoas não estão felizes? Eu pegaria 40% do que gastou ali e aplicaria no Barro Branco e evitaria aquelas 22 mortes. Eu vou falar a verdade, sem querer ofender. Sempre fiz isso. Toda a oportunidade que tive de pegar o microfone eu fiz e falei”, afirmou. A candidata fez críticas a aspectos sociais da gestão de Neto, afirmando que o democrata preferiu deixar “metade da cidade bonita e outra não”, ao citar obras feitas que teriam causado segregação social. “Se eu fosse prefeita, não faria metade do que o prefeito fez nesse sentido de deixar metade da cidade bonita e outra não. Faria a escolha de fazer o melhor para seres humanos, que estão nos becos e vielas. Os 1,5 mil ambulantes que estavam na Estação da Lapa foram expulsos. O que aconteceu com aquelas pessoas? Estão em estado primitivo, estão na miséria. Não precisamos ter a melhor escola do Brasil dentro de um bairro para 200 crianças, porque tem 5 mil que não tem. Vamos pegar esse recurso e construir 10 escolas básicas. Isso chama-se distribuição do orçamento. A coisa mais maravilhosa que existia para qualquer cidadão comum era ir ao Mercado do Peixe, hoje só vai a elite”, criticou Célia.
BN