set 21, 2016
Pessoas com deficiência têm “Dia D” para inserção no mercado de trabalho
Em virtude do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (21), o Serviço de Intermediação de Mão de Obra (Simm), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Emprego (Sedes), vai oferecer, em parceria com o SineBahia, 800 vagas de ingresso no mercado de trabalho voltadas para esse público.
A ação, conhecida como “Dia D”, ocorrerá na próxima sexta-feira (23), e as oportunidades poderão ser acessadas exclusivamente na unidade do SineBahia localizada no Parque Bela Vista, na Avenida ACM. Os interessados receberão uma senha, serão cadastrados e encaminhados para uma vaga condizente com cada perfil.
De acordo com Renata Canário, encarregada pelo setor de Psicologia do Simm, para a captação de vagas serão priorizadas empresas cuja cota destinada a pessoas com deficiência não foi preenchida. “Todos os dias temos vagas destinadas a pessoas com deficiência, sem diferenciação por cargo. Podemos apresentar oportunidades tanto a médicos como a profissionais de serviços gerais. Toda semana recebemos dezenas de contatos de empresas que buscam esse profissional específico para seus quadros. Eles são valiosos para estas corporações, pois muitas delas precisam preencher cotas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, para evitar multas e sanções”, explica.
O evento de sexta-feira será exclusivo para pessoas com deficiência. Além disso, serão oferecidos no local serviços como confecção da carteira de trabalho, emissão do passe livre e orientação sobre com dar entrada na Previdência para solucionar problemas relacionados à deficiência. Em 2015, o Simm realizou um “Dia D” próprio, que resultou em 575 vagas, após 727 atendimentos realizados. Destes, 27 trabalhadores foram contratados.
De acordo com Renata Canário, entre os entraves que barram a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho está a própria inibição do portador, além de barreiras criadas pelas empresas. “Algumas empresas divulgam a abertura de vagas para deficientes apenas por conta da lei, que as obriga a disponibilizar cotas específicas. Tem também aquele discurso pronto de que o profissional não compareceu à entrevista, ou não se encaixou no perfil solicitado, entre outras coisas. Aqui, nos perguntamos sempre porque não é realizada uma capacitação desse trabalhador para que ele passe a se encaixar no perfil desejado”, disse.
Outro ponto destacado para o baixo número de pessoa com deficiência nas empresas é o medo da perda de benefícios sociais e financeiros, que são retirados quando o cidadão se insere no mercado de trabalho, e isso dificulta a adesão. “O Simm oferece uma série de cursos de capacitação, para que possamos preparar tanto o deficiente como pessoas que não sejam portadoras de necessidades especiais. No caso do profissional com algum tipo de qualificação acadêmica, as empresas têm uma aceitação maior, o que resulta em uma procura grande por trabalhadores especializados”.
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