Abastecimento de vacinas se normalizará em 2017
desabastecimento de vacinas no Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser superado até o final de 2017, segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues. Ela disse ainda que o problema é de produção e não há nenhuma influência da crise econômica. As informações foram dadas durante a 18ª Jornada Nacional de Imunizações, que reúne médicos e outros especialistas em Belo Horizonte entre ontem (29) e sábado (1º).
Carla Domingues explica que diversos laboratórios públicos nacionais, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão passando por um processo de adequação desde 2014 para receberem o certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF). Espera-se que todos eles estejam em condição de obter a certificação no fim deste ano e possam, dessa forma, retomar a produção. Se correr como planejado pelo Ministério da Saúde, a situação deverá estar totalmente normalizada até o fim de 2017.
O principal problema é com a BCG, que previne contra a tuberculose e é aplicada em recém-nascidos. Também há dificuldades com a vacina contra a raiva e com os soros. Diferente das vacinas, que estimulam o corpo do paciente a criar anticorpos, os soros são compostos de anticorpos previamente produzidos em outro organismo. “Ainda vamos viver um ano com necessidade de otimização. Por isso, é muito importante a prescrição adequada de soros e vacinas para que sejam destinadas exatamente para quem precisa”, diz Carla.