Em passeata, moradores do Rio Sena protestam contra mortes e toque de recolher
Fonte: Correio24Horas
Em protesto pelo grande número de mortes na região, os moradores do bairro do Rio Sena, em Salvador, saíram em passeata na tarde deste domingo (20). De acordo com informações da Central de Polícia, a manifestação foi pacífica e começou por volta das 16h, encerrando por volta das 19h. Cerca de 300 pessoas participaram do ato.
Uma moradora da região que preferiu não se identificar disse que a violência na região aumentou muito desde o início da greve da PM. "Não estão respeitando ninguém – nem crianças. Somente este semana já tiveram chacinas aqui no bairro e em outros próximos, como Teresinha, Lote, Alto de Coutos e Periperi", comenta.
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Moradores do bairro saíram em passeata contra a violência na região |
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De acordo com testemunhas, por volta das 23h da sexta-feira (18), três carros com homens encapuzados passaram atirando pela rua Rio Nilo, no Rio Sena. Durante o tiroteio, dois jovens morreram e um terceiro ficou ferido. "Eles passaram primeiro observando, e depois já chegaram atirando. Estava tendo uma festa de aniversário, e meu primo estava com seis amigos do lado, em uma sinuca, quando foi alvejado", denuncia outro morador do bairro.
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Ney morreu no local e foi sepultado |
Um rapaz identificado apenas pelo prenome de Ney foi atingindo por cerca de 15 disparos de arma de fogo e morreu no local. Ele foi enterrado às 16h30 deste domingo (20), no cemitério de Baixa de Quintas. Outro dois rapazes, identificados como Magno Almeida, 24 anos, e Diego Oliveira, 23 anos, foram baleados e socorridos para o Hospital do Subúrbio.
Magno, que foi baleado seis vezes, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 4h. O enterro dele está previsto para acontecer nesta segunda-feira (21). Já Diego, que foi atingido uma vez no ombro e três vezes na perna, continua internado na instituição, segundo informações dos moradores.
O posto de Polícia Civil do Hospital do Subúrbio não confirmou as informações, e os dados do tiroteio e das vítimas não constam no boletim da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA). Diego, Magno e Ney trabalhavam como pedreiros em obras da construção civil.
"Eles todos tinham carteira assinada e eram meninos direitos. Não faz sentido uma coisa dessa acontecer", reclama a moradora do local. A passeata, que durou cerca de três horas, saiu da rua Rio Nilo, onde o crime aconteceu, e foi até o largo da Ilha Amarela.
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Magno, 24 anos, foi baleado seis vezes |