Paulo Coelho desabafa sobre livros confiscados na Líbia: “Me sinto triste”
O escritor Paulo Coelho teve seus livros confiscados na Líbia como parte de uma ofensiva por parte de grupos extremistas dentro do próprio governo contra o que chamam de “invasão cultural” do Ocidente e “tendências pervertidas”. Não é a primeira vez que o escritor tem suas obras vetadas. Uma situação parecida também ocorreu com as obras dele no Irã.
Em entrevista, o escritor lamentou o confisco. “Confiscar livro remete ao obscurantismo”, disse. “Queimar e proibir livros é o pior que pode existir. Pessoalmente, me sinto triste. Mas a realidade é que queimar pensamentos nunca funcionou”. Disse.
Autoridades de outras regiões da Líbia também criticaram o confisco. “Essa é uma violação à liberdade”, disse Khalid Najim, chefe da Autoridade Cultural de Al Thanni. À reportagem, Coelho explicou que entrou em contato com embaixadores brasileiros que, numa gestão com o governo líbio, tentariam reverter o confisco. “Não podia ficar sentando vendo meus livros serem queimados”, disse o escritor mais vendido da história.
Click Notícias