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25 September 2024

Eike Batista chega ao Brasil nesta segunda-feira e diz que vai colaborar com a Justiça

A previsão é que o empresário chegue ao Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão às 10h30. Eike estava em Nova York e teve pedido de prisão expedido no âmbito da Operação Lava Jato na última quinta-feira (26)

O empresário Eike Batista, incluído na lista de procurados pela Interpol, embarcou ontem (domingo, 29), no Aeroporto John F. Kennedy, de Nova York, em um voo da American Airlines com destino ao Rio de Janeiro. A previsão de chegada ao Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão é às 10h30.  Antes do embarque, Eike afirmou aos jornalistas que estará à disposição da Justiça e que vai colaborar com as investigações.

Eike, de 60 anos, é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro em obras públicas do Rio de Janeiro. O esquema de corrupção também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que já estava detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio. O empresário já foi considerado o homem mais rico do Brasil e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes.

Na última quinta-feira (26), a Polícia Federal tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados informaram que Eike viajou a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e a Interpol incluiu seu nome na lista de captura internacional.

O nome de Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava Jato. A Operação foi baseada em dois acordos de delação premiada que informaram como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro da propina cobrada por Sérgio Cabral durante sua gestão no governo do Rio.

Eike Batista foi citado na operação por suspeita de ter repassado R$ 1 milhão ao escritório de advocacia da esposa de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo. Em depoimento espontâneo aos procuradores, o empresário afirmou que o pagamento se refere à prestação de serviço de projeto imobiliário de sua empresa REX, junto com a Caixa Econômica Federal. Além disso, Eike é suspeito de ocultar US$ 16,5 milhões de propina do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) no exterior.