Taxa de desemprego entre as mulheres em Salvador e RMS aumenta em 56 mil pessoas em 2016
As mulheres baianas não tem muito o que comemorar no dia 8 março, dia mulher, pelo menos no que se refere ao mercado de trabalho. A taxa de desemprego feminina cresceu de 20,5% para 26,0% em 2016, o que significa que o desemprego entre as mulheres foi maior que entre os homens. A taxa de desemprego masculina que passou de 17,0% para 22,4% em 2016.
O número de postos de trabalho diminuiu para as mulheres da RMS, em 2016, mas, ao mesmo tempo, aumentou o contingente delas na População Economicamente Ativa (PEA) elevando o número de mulheres desempregadas, sendo que a taxa de desemprego também cresceu.
O aumento da PEA somado ao decréscimo da ocupação fez com que o contingente de mulheres desempregadas se elevasse consideravelmente (31,1% ou 56 mil pessoas). Em termos relativos, o aumento no desemprego foi um pouco menor que o observado entre os homens, porém, em termos absolutos, os acréscimos foram equivalentes (33,6% ou 55 mil).
No ano de 2016 houve redução de 25 mil postos de trabalho para as mulheres, com impacto na população acima de 50 anos de idade e entre aquelas com nível de instrução menor ou igual ao médio incompleto. Houve redução no número de postos de trabalho na Indústria de Transformação (-18,7%), no setor de Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-3,9%) e nos Serviços (-2,9%).
Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS), executada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com o Dieese, a Setre-BA e a Fundação Seade do Estado de São Paulo, com apoio do MTE/FAT e divulgados nesta terça-feira.