Jungmann disse que o pedido veio também do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que confirmou ao GLOBO confirmou que pediu ao Palácio do Planalto o apoio das Forças Nacionais de Segurança.
“Pedi porque o ambiente lá fora estava virando um inferno!”, disse Maia, depois, na sessão, ao ser questionado pelo PT.
A decisão de usar militares para intervir na segurança foi tomada pelo presidente quando estava em reunião com os ministros Jungmann, Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional).
O gabinete de monitoramento, integrado pelo GSI e pela Defesa, já vinha analisando os movimentos de manifestantes ao longo dos últimos dias, como a chegada de ônibus à capital. Desde ontem, porém, o gabinete se mudou para dentro do Palácio do Planalto.
A GLO é invocada, segundo a Defesa, quando há “esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem”. O dispositivo constitucional, que é de atribuição exclusiva do presidente da República, prevê que os militares podem, provisoriamente, atuar com poder de polícia.
Temer teve de cancelar uma reunião que teria às 16h por dificuldade de acesso ao Palácio do Planalto. Ele receberia José Carlos Rodrigues Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e um grupo de empresários.
Temer já pediu reforço ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da Presidência. Veio do GSI a ordem para evacuar os ministérios, e a Casa Civil disparou mensagens para todos os secretários executivos. Os militares consideraram que a integridade física de servidores estava em risco.
Manifestantes depredaram ministérios e até atearam fogo em parte do Ministério da Agricultura. O clima é de praça de guerra, com troca de balas de borracha, pedras e pedaços de pau. Há feridos.