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8 October 2024
Foto: Reprodução

Comércio clandestino de gás de cozinha gera prejuízos para revendas autorizadas em Salvador

Uma concorrência desleal e que coloca em risco a vida da população foi relatada por revendedores autorizados de gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, em Salvador. De acordo com informações do site BNews, eles alegam que o fato tem causado um grande prejuízo financeiro.

De acordo com proprietários de estabelecimentos na capital baiana, um botijão de 13 kg, da marca mais vendida na Bahia, que normalmente é comercializado na faixa de R$65 a R$75, acaba sendo repassado pelo vendedor irregular por R$50.

A prática ilegal tem gerado perdas significativas para as revendas autorizadas, que possuem custos fixos com funcionários, treinamento, aluguel de ponto comercial, criação de estrutura adequada para armazenamento do produto e impostos.  Estima-se que a venda clandestina de GLP corresponda a 30% em todo estado. Além disso, trazem risco de explosões ou incêndios.

Segundo informações obtidas pela reportagem, a ação irregular funciona da seguinte forma: a pessoa produz ímãs de geladeira ou panfletos com números de telefone e divulga para os clientes como se fosse um vendedor credenciado à marca, funcionário de uma revenda autorizada.

Assim, quem entra em contato e pede o gás, compra sem saber a procedência, sem saber que adquiriu um botijão adulterado, com um volume menor do que o padrão, fator que aumenta o risco de explosões.

O vendedor clandestino não tem autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP), além de licença de funcionamento. Desta forma, sem orientação e treinamento adequados, ele geralmente estoca o produto em locais inapropriados, como em áreas residenciais e sem seguir as normas de segurança, o que põe em risco ainda mais a vida dos vizinhos e do cliente final.

Ainda de acordo com os revendedores, as vendas irregulares acontecem em toda cidade, mas os bairros populares são os mais afetados. “O vendedor ilegal oferece o produto de porta em porta, utilizando motocicletas para transportar o botijão, ou em pontos fixos nas ruas das comunidades”, relata um empresário do ramo.

Como identificar botijão de gás falsificado

O botijão de cozinha tradicional pesa 13 quilos, porém revendas clandestinas costumam pegar botijões cheios e esvaziar parte de seu conteúdo. Depois preenchem com água ou líquidos inflamáveis, alterando a qualidade do produto. O peso dos vasilhames acaba afetado, pois o manuseio deles é feito inadequadamente. As revendedoras autorizadas têm balanças certificadas pelo Inmetro para atestar o peso correto do botijão e também tem um melhor controle de qualidade do seu produto.

Os botijões feitos a partir de uma liga metálica, por vezes aço-carbono, oferecem mais resistência e durabilidade. Portanto, vasilhames com amassados, pinturas mal acabadas, ferrugens ou fissuras possivelmente contêm vazamentos. Vasilhames adulterados podem receber uma camada de tinta para manter a aparência nova enquanto o seu interior já está comprometido. Então observe o aspecto das pequenas peças, veja se roscas ou válvulas estão danificadas.

Os botijões devem conter informações de contato da distribuidora, com lacre, etiqueta de identificação e inscrição em alto relevo.

Revendedores autorizados pela ANP são preparados para atender com qualidade e ajudar a solucionar dúvidas ou problemas – fachadas de comércios legalizados têm de expor placa com razão social, CNPJ, número de autorização da ANP e capacidade de armazenamento de seus botijões.

Por BNews