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28 September 2024
Deputado federal Lucio Vieira Lima (Foto: Reprodução)

Lúcio Vieira Lima se ausenta da Câmara após ser citado em investigação e com irmão preso

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), presidente da comissão que analisa propostas de reforma política, deixou de frequentar a Câmara desde o dia em que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em malas de dinheiro no apartamento atribuído ao irmão do parlamentar, o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Nesta quarta-feira, o juiz federal Vallisney de Oliveira, de Brasília, enviou para o Supremo Tribunal Federal uma investigação da Polícia Federal que apontou indícios de participação do deputado em lavagem de dinheiro.

O G1 ligou para o celular do deputado, mas não obteve resposta até a última atualização deste texto. O gabinete do parlamentar não atendeu às chamadas.

Esta semana é considerada decisiva para a votação das mudanças no sistema político e eleitoral previstas na reforma política. A última vez que Lúcio Vieira Lima marcou presença no plenário da Câmara foi em 4 de setembro, um dia antes da operação da Polícia Federal que encontrou as malas e caixas de dinheiro no apartamento que seria de Geddel, em Salvador. O ex-ministro foi preso no dia 8.

Lúcio Vieira Lima vinha conduzindo a comissão de reforma política da Câmara até a reunião de 23 de agosto, a última feita pelo colegiado antes da prisão de Geddel. Nesta semana, com a retomada das atividades na comissão, outros deputados tiveram que se revezar no comando de duas reuniões do grupo.

De acordo com as investigações da Polícia Federal, no mesmo apartamento onde estavam as malas de dinheiro, foi encontrada uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, funcionária de Lúcio Vieira Lima.

Por Bernardo Caram/G1