Simões Filho está há 37 dias sem homicídios, aponta estudo da Marcha Criminal da PM
A população de Simões Filho, assim como as Polícias Militar e Civil e a Secretaria de Segurança Pública, têm bons motivos para comemorar. É que no mês de novembro, até o momento, nenhum homicídio foi registrado na zona urbana da cidade e a última morte violenta constatada foi na manhã do dia 22 de outubro. Ou seja, já somam se 37 dias (contados até quarta-feira 29 de novembro) sem assassinatos na área habitada da cidade. O levamento foi feito junto ao site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA)
Neste período, quatro corpos foram encontrados em locais considerados como pontos de desova, sendo, três corpos carbonizados no Centro Industrial de Aratu e um na BA-093. No mesmo período do ano passado, 14 pessoas foram mortas no município.
De acordo com o comandante da 22ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), major Fabio Dias, medidas enérgicas adotadas pela polícia por meio do Plano de Comando contribuíram para a redução no número de crimes violentos. “Uma das medidas iniciais tomadas por mim, foi a elaboração de um plano de comando previsto para quatro anos, em que estabelecemos objetivos e metas exequíveis”, disse.
O comandante também destacou que o trabalho da Polícia Militar tem sido desenvolvido sempre priorizando a paz social dentro da comunidade e motivando os militares a melhorar a qualidade de vida das pessoas que circulam no município. “Nós sempre tivemos uma preocupação especial em resgatar a auto estima da tropa, desde as melhores condições de trabalho até o reconhecimento de direitos. Foi um passo importante. A partir daí, com o homem motivado e com vontade de trabalhar, iniciamos as nossas ações preventivas através de politicas de aproximação com a comunidade. Essa aproximação foi se fortalecendo cada vez mais, juntamente com alguns projetos em parceria com a Prefeitura Municipal, que entendeu a causa e abraçou a ideia”, explica.
MANCHA CRIMINAL
Há 10 meses no comando da 22ª CIPM, Fabio Dias revelou ter feito um estudo da mancha criminal, que é o mapeamento dos locais com maior incidência de delitos, o que possibilitou a criação de estrategias. “Nos estudamos os principais tipos de modalidade criminosa. Mapeamos os horários e os dias da semana em que os criminosos atuam e a partir daí estabelecemos as estrategias de policiamento ostensivo”, completou Dias.
O major ainda salientou que a integração eficiente entre as forças de segurança estadual e o Ministério Público, alem prefeitura, câmara e lideranças dos bairros, são fatores que explicam a queda dos índices de violência no município.
DESOVA
Os pontos de desova continuam sendo um problema em Simões Filho. Criminosos de outras cidades usam diversas rodovias do município para “desovar” cadáveres, o que acaba somando às suas estatísticas de homicídios os assassinatos que acontecem fora de seu território. O Centro Industrial de Aratu (CIA), por exemplo, é um dos locais que os criminosos transformaram em uma espécie de depósito de corpos.
O Major Fabio Dias, por sua vez, revelou que já está ciente do problema e disse que está traçando estratégias em parceira com as empresas que atuam no local. “É claro que as desovas reduziram, mas continuam acontecendo. Já traçamos algumas estrategias e estamos no caminho certo”, garante o major.
Apesar dos 37 dias sem registros de homicídios na cidade, o comandante da PM diz que a polícia segue atenta e estimulada no sentido de impedir que os crimes violentos aconteçam.