Conheça o cemitério de Salvador que faz “enterro virtual”
O processo tecnológico é irreversível. Tem, ano após ano, atingido todos os setores da sociedade. Dito isto, você não se surpreenderia se eu te contasse que o mundo virtual chegou aos cemitérios, correto? O centenário Campo Santo, em Salvador, com mais de 180 anos de história, promete um sepultamento, digamos, diferente do comum.
A primeira novidade é a Eco No-Leak. Desde maio deste ano, quem for enterrar um parente ou ente querido tem, no local, a possibilidade de optar por gavetas verticais que utilizam tal tecnologia. Feitas com materiais recicláveis, que não agridem o meio-ambiente, elas ainda possuem uma estrutura informatizada e monitorada em tempo real.
“É algo inovador e que não deve ter retorno. A grande preocupação hoje em dia é que você não tem espaço para construir cemitérios. Por isso, a verticalização acaba se tornando um processo irrevogável. Se você não tem espaço para fazer sepulturas no chão, você levanta. Então, no lugar de duas sepulturas no solo, como acontece hoje, eu consigo construir seis para cima”, conta Roberto Taboada, administrador do local.
O novo modelo, desenvolvido em parceria com uma empresa pernambucana, também ajuda a combater o déficit de vagas nos cemitérios de Salvador, por aproveitar melhor os espaços. “Nos antecipamos a um problema da sociedade. Desde maio, duplicamos o número de vagas”, revela. São 800 no novo formato e outras 300 antigas que são disponibilizadas mensalmente por conta do processo de exumação, já que os espaços onde pessoas foram enterradas precisam ser liberados a cada três anos, de acordo com a legislação brasileira.
O projeto do novo Campo Santo prevê a construção de 20 mil novas gavetas, todas com base nesses novos módulos, até 2022. “Tudo o que for feito no Campo Santo a partir de agora será seguindo este novo modelo”.
Veja no vídeo como funciona esse novo método de sepultamento: