Suzane Richtofen tem aval da direção da penitenciária para fazer faculdade na prisão
A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais em 2002, teve pela primeira vez parecer favorável da direção da penitenciária Santa Maria Eufrásia Peletier, a P1 de Tremembé (SP), para cursar faculdade dentro da unidade. A presa pretende estudar administração na modalidade à distância. Apesar de já ter obtido anteriormente autorização judicial para fazer faculdade, Suzane vinha esbarrando na negativa do sistema prisional em atender as necessidades para realização do curso dentro do presídio.
Em maio do ano passado, a diretora da unidade, Eliana de Freitas Pereira, informou que a P1 não dispunha de aparato para atender o pedido. Entre os argumentos, a diretora informou à Vara de Execuções Criminais (VEC) que o presídio não tinha computador disponível para Suzane usar durante o curso e falta de pessoal para fiscalizar a atividade da presa – o que seria necessário durante as aulas.
Desta vez, após pedido da Defensoria, que representa a detenta, a direção informou ter computador disponível e efetivo para que Suzane e uma outra presa façam o curso superior. A única restrição é que ela não terá acesso à internet, como normalmente ocorre nos cursos a distância. Ela deve receber o conteúdo por meio de uma mídia.
Antes de optar pelo curso a distância, Suzane cogitou fazer a faculdade na modalidade presencial. No semiaberto ela foi autorizada a sair para estudar. Ela chegou a prestar vestibular no primeiro semestre de 2016 em uma faculdade em Taubaté, mas desistiu por temer o assédio