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22 November 2024

JAM no MAM retoma atividades

Para festejar a qualidade da cena instrumental baiana, a partir deste sábado (24), a JAM no MAM faz a sua estreia 2018, voltando a reunir na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia, no Solar do Unhão, músicos profissionais e em formação para jam sessions com “sotaque baiano”, onde a força da música instrumental e a improvisação jazzística se mesclam à pluralidade rítmica da cultura local. A nova temporada em Salvador segue até o dia 12 de maio e tem patrocínio da Stella Artois e do Governo do Estado da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Os ingressos custam R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia).

A abertura da primeira JAM no MAM do ano será às 18h na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia, que voltou a ganhar mais espaço para o público após a remoção de parte do canteiro de obras que ocupava a área onde a jam acontece. A banda Geleia Solar será a primeira a tocar, assumindo seu papel de anfitriã do público e dos artistas que frequentam o projeto. A Geleia Solar é formada por André Becker, Bruno Aranha, Felipe Guedes, Gabi Guedes, Ivan Bastos, Ivan Huol, Joatan Nascimento, Matias Traut, Paulo Mutti e Rowney Scott, todos eles músicos reconhecidos no cenário instrumental brasileiro, e nessa temporada contará sempre com uma mulher instrumentista como integrante convidada – um legado do projeto “JAM no MAM com as Mina”, realizado em 2017.

A banda Geleia Solar se dedica tanto a valorizar um repertório com peças de várias gerações de compositores instrumentais baianos (incluindo aí composições autorais), quanto standards da bossa nacional e do jazz internacional, devidamente adaptados para o “estilo JAM no MAM”, onde a força percussiva da cultura baiana cria uma sonoridade ímpar nas interpretações de cada música. Após a primeira hora de introdução, o palco será aberto a músicos de todo o mundo que, sem ensaio prévio, juntam-se nas jam sessions para tocar e criar experimentações sonoras sempre inusitadas e de altíssima qualidade.

“A JAM atrai cada vez mais os músicos já preparados, diferentemente dos primórdios, onde o clima era mais de karaokê”, lembra Ivan Huol, diretor artístico e baterista da JAM no MAM. Ele acredita que os artistas já entendem que o palco do projeto é para instrumentistas profissionais, ou em formação, para o exercício da improvisação no que o projeto chama de “jazz”, independentemente do ritmo ou do idioma. “Aqui, nosso acento afro-baiano, oriundo do candomblé, sambas de roda e afins, dá um novo sabor aos solos de percussão”, comenta, para completar, posteriormente, “Nossa musicalidade é fundamental para nos afirmarmos enquanto cultura, universalizando ainda mais nosso conceito do que é ‘jazz’”.

HISTÓRIA BAIANA – Nos últimos anos, a música instrumental floresceu na Bahia e a JAM no MAM fez parte dessa história. Mais que isso, contribuiu de maneira inquestionável para a construção do cenário que se apresenta hoje no estado. Foram 18 anos comemorados em agosto de 2017, ano em que a JAM no MAM atingiu a representativa marca de mais de 600 mil pessoas frequentando presencialmente o projeto (a média geral é de 1.288 pessoas por sessão) para conferir as performances musicais. Uma maioridade que formou algumas gerações de músicos bastante experimentadas na arte da improvisação jazzística, sempre atenta à nossa musicalidade brasileira e/ou baiana. E, claro, que conquistou uma plateia superlativa em número e diversidade, capaz de surpreender músicos de todo o mundo.

A JAM no MAM vem contribuindo, portanto, na construção de referências e circunstâncias que contribuíram com o surgimento de diversos grupos interessados em investir na música instrumental como forma de valorizar a identidade cultural local. No ano passado, criou também o projeto “JAM no MAM com as Mina”, com o objetivo de instigar um número cada vez maior de mulheres a participar da cena musical onde a presença de instrumentistas do sexo masculino ainda é majoritária. O projeto deu tão certo que nessa nova temporada, uma mulher instrumentista sempre integrará a banda base Geleia Solar. Tudo isso, aliado à rica produção audiovisual (programas de TV, DVDs e vídeos distribuídos na internet) com parte da sua história e da memória da cena instrumental local, transforma a volta da JAM no MAM à agenda cultural de Salvador como um acontecimento importante a ser festejado por baianos e turistas. A JAM no MAM é um projeto da Huol Criações e acontece aos sábados na área externa do Museu de Arte Moderna da Bahia, ao ar livre e de frente para o mar, com ingresso a preço popular.

FAZCULTURA – Parceria entre a SecultBA e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o mecanismo integra o Sistema Estadual de Fomento à Cultura, composto também pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). O objetivo é promover ações de patrocínio cultural por meio de renúncia fiscal, contribuindo para estimular o desenvolvimento cultural da Bahia, ao tempo em que possibilita às empresas patrocinadoras associar sua imagem diretamente às ações culturais que considerem mais adequadas, levando em consideração que esse tipo de patrocínio conta atualmente com um expressivo apoio da opinião pública.

SERVIÇO:

JAM NO MAM

Data: De 24/02 a 12/05, sempre aos sábados. Patrocínio da Stella Artois e do Governo do Estado da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Local: Museu de Arte Moderna da Bahia (Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão).

Horário: Das 18h às 21h.

Ingresso: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia). Vendas na bilheteria do local no dia de cada jam, a partir das 17h.