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28 September 2024

Plano de mobilidade é aprovado por vereadores

Divisor de opiniões desde a sua divulgação, o Plano Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável de Salvador (Planmob) foi aprovado, na tarde desta quarta-feira, 4, na Câmara Municipal. Com o total de 27 votos a favor e 7 contra, os vereadores decidiram viabilizar a medida que promete melhorar a mobilidade na primeira capital baiana. Com a aprovação, o plano será regulamentado via decreto pelo prefeito ACM Neto.

No processo de votação, a líder da oposição, Marta Rodrigues (PT), afirmou que o plano não contempla todos os segmentos. “As pessoas que andam de ferry, bicicleta ou ônibus não serão atendidas por esse plano que visa mobilizar a cidade”.

Marta, também, declarou que a implementação do projeto deveria ser feita com a aprovação pública. “Essa aprovação não pode ser através de uma canetada. O prefeito apresenta uma proposta e é dada uma carta branca pelos vereadores para que o projeto seja implementado. Mas a parte que mais necessita de melhorias no transporte e na mobilidade, que são os cidadãos, não podem votar”, afirmou.

O Planmob será instrumento de orientação das políticas públicas do setor de mobilidade, com diretrizes e ações para os próximos 32 anos, e será conduzido pela Lei da Mobilidade Urbana e pela Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU-2016) e pelas Leis de Ordenamento, Uso e Ocupação do Solo (Louos-2016).

O modelo contempla propostas específicas nos domínios da mobilidade urbana, tratando de aspectos de macro e micro acessibilidade e envolvendo temas associados a pedestres, ciclistas, circulação viária, segurança viária, transporte coletivo, interação entre uso do solo e transporte e organização institucional do setor.

Para apoiar a implementação do projeto, o vereador Teo Senna (PHS) afirmou que foram feitas várias exposições nas audiências públicas para discutir o plano. “Salvador passa por um problema sério no trânsito com tendência a piorar. O plano de mobilidade vem para adequar a cidade ao seu crescimento”, afirma.

O BRT que desde o início das obras, em março, tem provocado polêmica, com protestos feitos por urbanistas, moradores, ambientalistas e artistas de diversos segmentos, foi um dos pontos discutidos nesta quarta.

A implantação do sistema, segundo o grupo de manifestantes, ocasiona a derrubada de árvores e o tamponamento de rios, além de trazer riscos à fauna e flora. No entanto, a prefeitura salienta que o projeto prevê a compensação por árvores retiradas.