O delegado ACM Santos disse, em entrevista à Rádio Metrópole, que é “praticamente impossível” descobrir quem soltou a pipa, que tinha linha com cerol, que matou o motociclista João Arcângelo Rend na Avenida Octávio Mangabeira, em Salvador.
“Há um trabalho de investigação para saber como aconteceu de fato. [Mas] eu vou ser muito sincero. A gente conseguir descobrir quem soltou essa linha é praticamente impossível”, declarou.
Segundo o delegado, policiais militares vão começar um trabalho de conscientização para evitar que pipas com cerol sejam lançadas, principalmente, na praia. Ele lembrou que há uma legislação municipal que proíbe o produto.
“A lei já deixa claro que se vier lesão a pessoa vai responder civilmente ou criminalmente. Essas linhas causam normalmente lesão de natureza leve. [O caso] me deixou consternado. Estou acostumado com os absurdos, mas isso estragou o meu dia”, ressaltou.
A Lei 9.217/2017, cujo projeto teve autoria do vereador Tiago Correia (PSDB), foi sancionada pelo prefeito ACM Neto (DEM) em junho do ano passado. Além da responsabilização civil e penal, a norma prevê advertência para quem descumpri-la e, em caso de reincidência, multa em R$ 70.
O Caso – O acidente ocorreu por volta das 5h da tarde do domingo (26), nas proximidades do antigo Aeroclube.
O motociclista João Arcângelo Rend deu entrada no Hospital a Bahia (HBA) com sangramento e já em parada cardiorrespiratória. A vítima foi entubada e reanimada com retorno dos batimentos cardíacos.
Após o atendimento, ele foi submetido a uma cirurgia e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas por possuir um quadro de saúde grave veio a óbito.