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7 October 2024

Morto após pegar atalho era fotógrafo e fazia bico como motorista de aplicativo

Morto após ser atacado por bandidos em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, Renato Euclides Nogueira era fotógrafo de eventos de MMA e fazia bicos como motorista de aplicativo para complementar a renda. Na noite desta quinta-feira, segundo a Polícia Militar, Renato levava o militar da Aeronáutica José Luiz Gomes de Freitas para Realengo, na Zona Oeste, e pegou um atalho por ruas próximas ao Complexo do Chapadão. Na Rua Fernando Lobo, ele recebeu ordem de parada de traficantes e acelerou o carro. Os criminosos fizeram uma série de disparos. Renato morreu na hora. José Luiz foi socorrido ao Hospital municipal Albert Schweitzer e, segundo a Secretaria municipal de Saúde, seu estado de saúde é grave.

Nesta sexta-feira, a Federação de Kickboxing do Estado do Rio de Janeiro emitiu uma nota de pesar sobre a morte. “É com pesar que informamos o falecimento do Renato Nogueira, homem do bem, que trabalhava como fotógrafo em nossos eventos, mas também, trabalhava com aplicativo, e ao entrar em um local de risco e não ouvidindo a determinação dos que definem donos do local, tomaram a decisão de executá-lo”, diz o texto.

Carro ficou com 12 perfurações de bala

Em outra foto publicada em seu Facebook, Renato aparece sendo homenageado pela Confederação Brasileira de Lutas e Artes Marciais por seu trabalho como fotógrafo. No perfil, Renato se define como “mais um brasileiro indignado com tanta lama em nosso país e tentando sobreviver a qualquer custo”.

O carro de Nogueira, um Renault Logan, foi encontrado por agentes do 41º BPM (Irajá) com 12 perfurações de tiros a cerca de 800m do local do crime. Traficantes da favela Gogó da Ema são suspeitos de terem cometido o crime. A Delegacia de Homicídios investiga o assassinato.

O militar José Luiz Gomes de Freitas afirmou a policiais que estiveram no Albert Schweitzer que o motorista tentou pegar um atalho pela rua Fernando Lobo, mas acabou sendo surpreendido pelos bandidos.