Sarampo se alastra entre os ianomâmis na Venezuela e mata 72
Pelo lado brasileiro, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) conseguiu, até agora, conter o avanço da doença
O surto de sarampo na fronteira entre Venezuela e o Brasil já levou 73 ianomâmis a óbito em 2018, segundo números oficiais de ambos os países. Desses, apenas uma das vítimas foi registrado em solo brasileiro.
De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), que colhe informações repassadas pelo governo da Venezuela, o lado venezuelano, onde vivem cerca de 16 mil pessoas deste grupo indígena, foram confirmadas 19 mortes apenas entre agosto e setembro.
O Ministério da Saúde venezuelano constatou que o último surto de sarampo entre os ianomâmis aconteceu em 1968, com uma taxa de mortalidade de até 17,1% entre os doentes de comunidades infectadas.
Pelo lado brasileiro, onde moram cerca de 27 mil ianomâmis, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) conseguiu, até agora, conter o avanço da doença por meio de campanhas de vacinação.