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13 October 2024

Previdência gasta com ricos 12 vezes mais do que com pobres

O Globo destaca, na sua primeira página, as desigualdades sociais geradas pela Previdência e aponta que o atraso na aprovação da reforma acentua essas diferenças, além de aumentar o custo fiscal. O matutino apresenta estudo do Ministério da Fazenda mostrando que o Brasil paga 12 vezes mais para os mais ricos do que para os mais pobres, considerando os benefícios do INSS e os de servidores públicos.

De acordo com o relatório, de todos os benefícios previdenciários, apenas 3,3% vão para a parcela mais pobre da população. Já os mais ricos ficam com 40,6% do total de benefícios. “Previdência gasta com ricos 12 vezes mais do que com pobres”, revela a manchete do Globo.

No seu título principal a Folha de S. Paulo informa sobre votação realizada nesta quarta-feira (5) pela Câmara dos Deputados sobre projeto que pode livrar da punição prefeitos que ultrapassem o limite de gastos com pessoal. A Folha enfatiza que o projeto representa uma mudança na Lei de Responsabilidade Fiscal e determina que municípios com mais de 10% de queda na arrecadação não podem sofrer sanções caso ultrapassem 60% do limite da receita com servidores ativos e inativos.

O projeto ainda precisa da sanção do presidente Michel Temer para começar a valer e é considerado uma derrota para o PSL, partido de Jair Bolsonaro, que votou contra a proposta, e uma “pauta bomba” para o próximo governo. “Câmara muda lei que impõe a cidades teto com servidor”, sublinha o título principal da Folha.

Na primeira página, O Estado de S. Paulo mostra declarações do vice-presidente eleito, General Hamilton Mourão, que afirmou que o futuro ministro Onyx Lorenzoni deve “se retirar do governo” caso as denúncias contra ele sejam comprovadas.

De acordo com o Estadão, a fala de Mourão expõe o atrito que existe entre Onyx, futuro ministro da Casa Civil, e os militares. Nesta semana, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de pré-investigação para apurar suspeitas de caixa 2 feitas por delatores da J&F a Onyx.

O matutino paulista também revela que a equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro, estuda um projeto de fusão das três agências reguladoras do transporte: Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Com o objetivo de acabar com o aparelhamento político, a ideia do próximo governo é fundir as agências e criar a Agência Nacional de Transportes. Na visão da equipe de Bolsonaro, as indicações políticas comprometeram a independência das agências ao longo dos anos. “Bolsonaro planeja fusão de agências do setor de transportes”, afirma a manchete do Estadão.