‘Esses ônibus caindo aos pedaços não podem continuar matando’, diz viúva de passageiro morto
“Eu quero Justiça. A morte do meu marido não pode ficar impune. Esses ônibus velhos, caindo aos pedaços, não podem continuar matando as pessoas. Hoje foi meu marido, amanhã pode ser eu ou você “, disse Josilene de Lima Ferreira Cabral, de 51 anos, viúva do pedreiro Maviael Ferreira Cabral, de 41 anos. Ele foi atingido por uma roda de um ônibus da linha 292 quando estava em um ponto de ônibus em Inhaúma na manhã desta terça-feira.
Muito emocionada, Josilene contou que estava em casa dormindo quando foi acordada por um vizinho:
– Ele veio avisar que meu marido tinha sido atingido pela roda do ônibus e tinha morrido – disse Josilene, que está no Instituto Médico-Legal para liberar o corpo.
Segundo ela, Maviael, que trabalhava no Rio de Janeiro Country Club, saía sempre de casa às 5h30 para ir ao trabalho:
– Não sei como vai ser agora. Ele sustentava a família com o seu trabalho. Não temos o dinheiro para levar o corpo dele para Pernambuco.
Até agora, ninguém da empresa de ônibus, a Viação Estrela Azul, entrou em contato com a família.
Quem informou a família da tragédia foi um vizinho, Ezenildo José da Silva, que era colega de trabalho da vítima.
– Quando cheguei ao ponto do ônibus, já o encontrei caído no chão. A ambulância chegou rapidamente, o socorreu, mas não conseguiram salvá-lo- lamentou Ezenildo.