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29 September 2024

Contratação de profissionais idosos vira tendência em empresas públicas e privadas

A expectativa de vida do brasileiro tem crescido ao longo dos anos. Segundo dados do IBGE, um bebê nascido em 2017 tem estimativa de viver até os 76 anos. Em 1940, a projeção era de apenas 45 anos e 6 meses. Essa diferença mostra como a população tem vivido mais e, em por esse motivo, o número de idosos tem crescido. Além disso, a chamada “terceira idade” está, cada vez mais ativa, retornando, inclusive, para o mercado de trabalho. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou, em 2018, que a população idosa representa 7,8% dos trabalhadores formais no País.

Para a head trainer e hacker comportamental, Patrícia Lisboa, o aumento de idosos no mercado de trabalho deve ser visto pelas empresas como uma oportunidade. “O perfil da terceira idade é formado por uma mão de obra qualificada, experiente e altamente motivada. Investir nesse profissional é agregar valor e conhecimento, além de estimular a diversificação no ambiente corporativo”, explica.

Contratar profissionais maduros tem virado tendência. Já existem inclusive programas específicos para a admissão de pessoas acima dos 60 anos em algumas empresas. O setor público também está seguindo essa mesma linha, em Campo Grande (MS), por exemplo, a lei municipal nº 5.997, institui o Programa Ativa Idade, que prevê a reinserção do idoso no mercado de trabalho, participando da capacitação e da requalificação do profissional.

Segundo a especialista existem treinamentos e outras ações estratégicas que podem ser realizadas com os colaboradores para o desenvolvimento do trabalho individual e de forma coletiva. “Capacitar pessoas, reforçar e descobrir novas habilidades e competências são ações que podem e devem ser feitas com qualquer profissional, inclusive com aqueles que têm idades e experiências distintas. No final, esse investimento retorna para a empresa e ela terá uma equipe cada vez mais completa”, explica Patrícia.