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27 September 2024

veja vídeo Professora tem surto e é internada após vandalismo de alunos em Carapicuíba

Após presenciar a violência dos alunos dentro de sala de aula, na última sexta-feira (31), a professora, de 45 anos, da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba, sofreu um surto em sua casa.

As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Familiares da docente relaram que, no domingo (2), a professora quebrou e arremessou objetos, gritou e teve seguidas convulsões que a levaram, primeiramente, para o Pronto-Socorro municipal de Itapevi, cidade vizinha à Carapicuíba.

Devido ao seu estado, ela foi transferida para o Hospital do Servidor Público Estadual, na Vila Clementino. Embora não esteja mais com sedação, ainda não há previsão de alta.

A professora, que leciona língua portuguesa e inglês, é filha de um professor de história e geografia de 77 anos, e foi ele quem a socorreu. “Imagina um pai ver uma cena dessa. Foi ele quem levou minha irmã, inicialmente, ao pronto-socorro, e ficou ao lado dela. Na verdade, está destruído também”, disse uma das irmãs da vítima que também é professora e trabalha na mesma escola estadual.

Ela descreveu a irmã como uma pessoa educada, tranquila, pacífica e que não gosta de discussão. “Tudo para ela é na base do diálogo, da conversa”, diz.

A professora é docente há 26 anos. Nesta escola, dobra o período: manhã e tarde. Na semana, são cerca de 45 aulas. É divorciada, mãe de universitário de 19 anos e cristã, e também é descrita como amante de leitura, cinema e teatro.

A professora presenciou o ato de vandalismo feito por dez alunos do 7º ano A, mas segundo a irmã, outros dez, todos homens e de turmas do 6º e 9º anos, entre 12 e 16 anos, já foram identificados pela escola com o mesmo tipo de comportamento.

Veja o vídeo:

“São agressivos, dissimulados, irônicos, farristas, sem educação. Falam palavrões, chutam portas. Andam pelos corredores. Batem nos pequenos e pegam os lanches. Agridem verbalmente os professores. Enfim, não têm limites e apresentam comportamentos que a gente fica perplexa. E, no fim, todo mundo cruza os braços”, desabafa a professora com 25 anos de docência na rede pública do Estado de São Paulo.