Petrobras rompe com caminhoneiros e acaba com tempo mínimo de reajuste
Petrobras informou, nessa quarta-feira (12/06/2019), que não respeitará mais o prazo de 15 dias para mexer no preço do diesel – regra estabelecida em meio a crescentes ameaças de greve de caminhoneiros em março. A medida foi anunciada no mesmo dia que foi divulgado um corte de 4,6% no preço do combustível.
O acordo estabelecido em março, entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas e dirigentes das onze principais centrais sindicais de caminhoneiros autônomos, determinava que o reajuste nas refinarias ocorreria após o fim do prazo de 15 dias do aumento anterior. À época, os caminheiros ameaçavam uma nova paralisação Após a negociação, a greve foi suspensa.
A partir desta quarta, portanto, os reajustes de preços de diesel e gasolina da Petrobras serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e de análise do ambiente externo, “possibilitando”, segundo a companhia, “competir de maneira mais eficiente e flexível”
“A aplicação imediata desta revisão permitirá à Petrobras, no momento, reduzir os preços do diesel acompanhando as variações dos preços internacionais observadas nos últimos dias”, explicou a Petrobras, em nota ao mercado.
No entanto, a empresa garante que os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, nível de participação no mercado e mecanismo de proteção via derivativos permanecerão mantidos.
Redução do diesel
O óleo diesel, a partir desta quinta-feira (13/06/2019), passa a ser vendido nas refinarias da Petrobras, em média, a R$ 2,0664 — redução de R$ 0,10 por litro. Segundo a empresa, a medida acompanha a evolução das cotações internacionais.