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27 September 2024

Líderes de partidos de direita querem dinheiro prometido por Bolsonaro para votar Previdência

Lídereres partidários do centrão cobram a liberação de R$ 10 milhões prometida pelo governo Bolsonaro a deputados antes da votação da reforma da Previdência, o que pode atrasar a tramitação da matéria na Câmara. A promessa tinha sido feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas teria sido condicionada à votação da proposta em plenário, passo seguinte ao da comissão especial, onde a proposta está no momento; chantagem e dificuldades de articulação assombram o Planalto

Lídereres partidários do centrão cobram a liberação de R$ 10 milhões prometida pelo governo Jair Bolsonaro a deputados antes da votação da reforma da Previdência, o que pode atrasar a tramitação da matéria na Câmara. A promessa tinha sido feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas teria sido condicionada à votação da proposta em plenário, passo seguinte ao da comissão especial, onde a proposta está no momento. Ao todo, R$ 40 milhões seriam liberados para aprovar a proposta que pode levar milhares de brasileiro à miséria e favorecer os bancos, com o regime de capitalização, em que o trabalhador abre uma conta individual para depositar mensalmente parte o próprio salário e bancar seus benefícios no futuro.

De acordo com o ministro Onyx Lorenzoni, cada parlamentar receberá R$ 10 milhões antes da votação da reforma em primeiro turno no plenário; R$ 10 milhões depois e mais R$ 20 milhões até o fim do ano.

Líderes do PP, Solidariedade e PL pressionam para que a verba seja liberada antes da votação da reforma na comissão especial, e não apenas antes da votação em plenário. Segundo informações do jornal O Globo, lideranças temem que, depois de aprovada a reforma na comissão, o governo retire a oferta e negue que ela tenha acontecido.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse não acreditar que líderes queiram a verba como contrapartida para votar a reforma. “Não acredito nisso. O que estou esperando é a última conversa com governadores amanhã (hoje)”, disse.